Diário de Notícias

Nadal. 47. º título em terra batida discutido com Fognini

Tenista espanhol regressou aos títulos num encontro polémico frente ao italiano. Jogadores discutirem em pleno

- I. A.

HAMBURGO Rafael Nadal voltou aos títulos na terra batida. O antigo número um mundial e atual 10. º do ranking venceu, ontem, o ATP 500 de Hamburgo, após bater o italiano Fabio Fognini por um duplo 7- 5 .

Este foi o terceiro torneio da temporada para o espanhol – venceu o ATP 250 de Buenos Aires e o ATP 250 de Estugarda –, o 47. º em terra batida ( está a apenas dois do recordista argentino Guillermo Vilas) e o 67. º na carreira. Um título que lhe valeu um prize money de cerca de 300 mil euros e a subida ao nono lugar da classifica­ção.

Nadal apenas tinha perdido um set no caminho para a final e apresentou- se confiante o suficiente para erguer o troféu. Com sete quebras de serviço, o tenista espanhol conseguiu a vitória em Hamburgo, onde já tinha festejado em 2008, quando o torneiro era um masters.

O encontro começou com uma troca de breaks entre os dois jogadores até ao 2- 2 e desde aí foi Nadal a controlar e fechou o set com um break point, obrigando o transalpin­o a ceder no quarto set point ( 7- 5).

No arranque da segunda partida, o número 32 da hierarquia mundial entrou mais consistent­e, tendo recuperado de uma desvantage­m de 1- 3 para 5- 4. Mas quando servia para o 6- 4, o irreverent­e italiano desconcent­rou- se e deitou tudo a perder. Fognini irritou- se com os longos intervalos do adversário entre os pontos e o serviço, e começou uma discussão mesmo dentro do court.

As regras mandam que seja o tenista em posse do serviço a impor o ritmo do início das jogadas. “Fazes sempre o mesmo, sempre o mesmo”, berrou Fognini na cara de Nadal. Uma situação pouco vista no circuito de ténis, que impõe aos atletas regras de conduta exemplar e fair play. Certo é que depois desta troca de palavras, o italiano não venceu mais nenhum jogo e perdeu a oportunida­de de revalidar o título de 2013. Este foi o sétimo confronto entre ambos, o quinto com vitória do espanhol. Mas neste ano o italiano tinha surpreendi­do o ex- líder mundial no Rio de Janeiro e em Barcelona.

O torneio de Hamburgo era um teste para Rafael Nadal, que não jogava desde a eliminação precoce em Wimbledon, frente a Dustin Brown ( 102. º do ranking mundial). E deu- se bem.

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