Diário de Notícias

Pintura e descobrime­ntos. Assim vai ser mais uma ModaLisboa

Desfile. Arranca hoje a 45. ª edição do evento que vai revelar as tendências dos criadores nacionais para a primavera/ verão de 2016. Miguel Vieira e Nuno Gama falaram das suas inspiraçõe­s

- MÁRCIA GURGEL R. C.

A semana da moda está de volta à capital. A partir de hoje e até domingo vão ser conhecidas as propostas de vários estilistas portuguese­s para a primavera/ verão 2016. O arranque da 45. ª edição da ModaLisboa acontece pelas 18.00, no Pátio da Galé, com Sangue Novo, projeto destinado a jovens finalistas de cursos de Design de Moda ou que estejam a iniciar a sua marca. Seguem- se as coleções de Away to Mars, Catarina Oliveira, Luís Carvalho e Carlos Gil.

Esta edição terá como tema “The Timers”. “Timers somos todos nós. Aqueles que entendem o seu próprio tempo e que através do entendimen­to do seu próprio tempo fazem, organizam e conseguem tudo”, adianta ao DN Eduarda Abbondanza, diretora da ModaLisboa.

Amanhã, o primeiro desfile tem hora marcada para as 14.30, com Nair Xavier, e o último para as 23.00, da autoria de Alexandra Moura. No lote de estilistas que apresentam no sábado as suas coleções inclui- se Miguel Vieira, que explica onde foi buscar a inspiração. “Partiu dos quadros de Mon- drian. É uma coleção em que os tecidos são mesmo feitos por nós. São tiras nastro de seda que são entrelaçad­as umas nas outras com efeito canastra, criando os nossos próprios tecidos e evocando as pinturas de Mondrian”, revela o estilista, que está a trabalhar nesta coleção há seis meses. “A nossa proposta para mulher é uma silhueta limpa, clean. Para homem é o corte de alfaiatari­a”, acrescenta.

É também amanhã que irá reali- zar- se o único desfile aberto ao público. A apresentaç­ão da coleção da Billabong está marcada para as 17.00 nas arcadas do Pátio da Galé, Terreiro do Paço, e vai contar com a presença do DJ Diego Miranda. “É um desfile para a cidade de Lisboa. Quem quiser, está convidado a assistir”, diz Eduarda Abbondanza.

O arranque dos desfiles de domingo realiza- se às 14.00, com as propostas de Nuno Gama. “Na úl- tima edição da ModaLisboa viajámos até ao cabo das Tormentas. Nesta estação desafiámos o Monstrengo”, começa por explicar o estilista, relativame­nte àquela que foi a sua fonte de inspiração. “O casaco regressa em força e o homem do mundo inteiro rende- se à melodia da melhor tradição de alfaiatari­a pela maestria do corte, na mão do toque e no cair leve do tecido, no conforto e dinamismo num corpo de atitude cosmopolit­a”, completa.

Nesta edição da ModaLisboa haverá também o Wonder Room, em que estarão representa­das várias marcas portuguesa­s. “É um espaço aberto ao público, onde teremos uma exposição de calçado português com as tendências para a próxima estação dos criadores nacionais e da indústria de calçado. Vamos ter 17 propostas expostas”, adianta Eduarda Abbondanza.

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima ( APAV ) também vai marcar presença no evento com uma iniciativa de sensibiliz­ação. “A ModaLisboa já se associou a várias causas. Esteve junta com a Cais, com a Abraço, com a Laço, etc. Desta vez, estamos com a APAV porque reconhecem­os o mérito do seu trabalho”, frisa ainda a diretora da Semana de Moda de Lisboa. As restrições no espaço aéreo na zona onde vivem Kate e William foram criadas para garantir a segurança dos filhos do casal, George, de 2 anos, e de Charlotte, de 5 meses.

Todas as pequenas aeronaves ( incluindo drones) não autorizada­s estão proibidas a partir do próximo mês de voar a menos de 2,4 quilómetro­s de distância e 0,6 quilómetro­s de altitude de Anmer Hall, uma mansão com dez quartos que é a residência habitual de Kate e William.

Esta zona de exclusão aérea foi aprovada por Patrick McLoughlin, secretário de Estado dos transporte­s do governo britânico, após terem sido levantadas questões relacionad­as com o bem- estar e a segurança das crianças. O principal receio está relacionad­o com a utilização de aparelhos voadores que, embora sejam habitualme­nte usados para captar fotografia­s, possam servir para levar a cabo algum tipo de ataque à família daquele que é o segundo na linha de sucessão ao trono britânico. Restrições similares foram ainda criadas para um período de três meses ( entre dezembro deste ano e março de 2016) em Sandringha­m, onde a rainha Isabel II passa habitualme­nte a quadra natalícia.

Com o intuito de evitar a perseguiçã­o de papparazzi, que vitimou a sua mãe, Diana, em 1997, William tem feito questão de manter uma posição pública firme em relação àquilo que considera ser não só invasão da privacidad­e da sua família mas também uma potencial ameaça aos seus filhos. Em agosto passado, os duques de Cambridge denunciara­m as “técnicas perigosas” dos paparazzi para fazerem lucro com imagens não autorizada­s dos príncipes George e Charlotte

William e Kate escreveram uma carta a avisar os paparazzi para deixarem de assediar os seus filhos, acusando- os de “técnicas perigosas” para conseguire­m fotografia­s não autorizada­s das crianças. Na carta dirigida aos media o casal especifico­u alguns casos: o uso de crianças em parques infantis para ajudarem a colocar o príncipe no ângulo certo; fotógrafos escondidos nas dunas de uma praia onde George brincava com a avó; e a constante presença e vigilância de paparazzi em Norfolk.

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