Diário de Notícias

Mourinho brinca com calvície de Guardiola e arrasa outros treinadore­s

Críticas. Técnico português dispara em quase todas as direções. Elogios só para o patrão Roman Abramovich e Paulo Sousa

- GONÇALO LO PE S

Novamente muito polémico, José Mourinho não poupou nas palavras para criticar alguns dos seus colegas de profissão, considerad­os por muitos como dos melhores do mundo. Em entrevista ao jornal italiano Gazzetta dello Sport, o treinador português arrasou Pep Guardiola, Claudio Ranieri, Rafa Benítez, Carlo Ancelotti e Arséne Wenger.

A primeira farpa do técnico foi direcionad­a a Pep Guardiola, com quem José Mourinho tem rivalizado nos últimos anos pelo título de melhor treinador do mundo. “Se amas o que fazes não perdes cabelo. Olha para o Pep. Está a ficar careca. Isso é de quem não gosta de futebol”, atirou o técnico do Chelsea, apontando depois a mira a um dos seus “ódios” de estimação, o francês Arséne Wenger, técnico do Arsenal. “Estamos todos debaixo de pressão mas ele é o único que faz o que quer. Não ganha nada e ainda assim tem trabalho”, referiu.

Seguiu- se depois Rafa Benítez, com quem José Mourinho já teve também muitos confrontos verbais. O último diretament­e com a mulher do treinador espanhol, a quem aconselhou Benítez a levar ao... ginásio: “Em seis meses destruiu a melhor equipa da Europa [ referindo- se ao trabalho do espanhol no Inter de Milão, após Mourinho ter levado os nerazzurri ao título europeu].”

Claudio Ranieri, atual treinador do Leicester, também não escapou às críticas do português: “Estive em Inglaterra cinco anos e apenas lhe dizia bom- dia e boa- noite. Em 70 anos ganhou a Supertaça Europeia e outra Taça mais pequena. É demasiado velho para mudar.”

Por último, algumas palavras também para outro italiano, neste caso Carlo Ancelotti, que saiu do Real Madrid no final da última temporada: “Na história da Liga dos Campeões só há um clube e um treinador que com 3- 0 numa final acabou perdendo- a [ derrota do AC Milan, por 4- 3, frente ao Liverpool].”

José Mourinho comentou também as recentes declaraçõe­s de Fabio Capello, que acusou o treinador português de desgastar os jogadores ao final de ano e meio. “Eu li o que ele disse. Mas é melhor um treinador com história, como ele, falar de futebol e não comentar o trabalho dos colegas. Eu, por

Fabio Capello também foi alvo de uma indireta por parte de “Mou”

José Mourinho foi muito duro para alguns dos seus colegas exemplo, podia ter comentado o trabalho que ele fez na seleção inglesa e na russa, mas nunca o fiz. Prefiro respeitar os momentos negativos dos meus colegas”, assinalou.

Na entrevista não houve só críticas. Houve elogios para Roman Abramovich, proprietár­io do Chelsea – “é bom ter a sua confiança, agradeço- lhe por isso, é um gran- de homem”, e para Paulo Sousa, treinador da Fiorentina. “É excelente. Temos treinadore­s que começam logo em grandes clubes, sem a necessária experiênci­a, mas ele foi humilde, tendo trabalhado na Hungria, Israel, na II Divisão inglesa e na Suíça. Apenas agora está pronto para orientar em Itália. Sei que ele estuda os adversário­s e está muito bem informado”, disse.

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