Em Dublin estão 33 empresas portuguesas a mostrar o que valem
Expõem negócios, mas há muitas a marcar presença e reuniões com parceiros e investidores para conseguir contratos
WEB SUMMIT Significa que para a próxima vamos fazer melhor”, diz Vieira Marques. O cofundador da B-Guest, uma app que permite aos clientes dos hotéis entrarem em contacto com a receção ou com o room service via
diz que as razões para não terem passado às meias-finais do pitch não foram adiantadas. “Não sabemos exatamente o que é que o júri procurava, apesar de os critérios estarem bem definidos e de termos tentado responder a cada um deles. O background do júri podia também não ser adequado ao tipo de negócio que oferecemos”, acrescenta.
Já João Cabral, CEO da BeyonDevices, complementou a estratégia: prestes a lançar um sistema que transforma as tampas dos medicamentos em tecnologia capaz de monitorizar as tomas prescritas pelo médico, contactou a Google para apresentar o projeto. A reunião está marcada para hoje e as expectativas são altas. “Somos especialistas em devices e não em aplicações ou software e vimos ativamente à procura de parceiro que já tenha uma aplicação desenvolvida, quer para os ensaios clínicos, o caso da Google, como para a área do retalho. Queremos um parceiro que nos permita o acesso à app deles e passar a integrar os nossos dispositivos dentro dela”, explica ao DN/DinheiroVivo. Montra de excelência para investidores e parceiros, no meio de 2100 startups inscritas e muitas outras participantes como assistentes, há também quem sublinhe a concorrência feroz. “O nosso target são investidores. Já tivemos algumas reuniões, uma delas muito importante. Mas aqui a batalha é mais forte. Os investidores estão quase todos contactados, estamos a trabalhar arduamente mas falta ver como vão evoluir”, explica Rodrigo Costa, CEO da Junbi, outra das 33 startups portuguesas a participarem naWeb Summit.
Mas nem só de busca de investimento vive a Web Summit: Nuno Pinto, CEO da KIDE, veio à procura de inspiração e de conhecer de perto a concorrência. Prestes a lançar uma plataforma de venda de marcas de roupa de criança sujeitas a curadoria prévia, o gestor inscreveu-se como assistente no evento mas já pensa em inscrever-se na edição de Lisboa, em novembro de 2016, para validar o negócio.
“No próximo ano temos já um trabalho feito e iremos provavelmente à procura de algum capital. Queremos ao máximo esperar para ter métricas para poder usá-las da melhor maneira no mercado, para não darmos um passo em falso”, assegura. MARIANA DE ARAÚJO BARBOSA, Dublin