Uma análise ao valor da natureza que se foi perdendo
A edição e a reedição pela Antígona dos ensaios de Henry David Thoreau são um achado para os tempos que vivemos. Agora é a vez do livro Maçãs Silvestres &
Cores de Outono, dois textos reunidos sob uma capa verde que atrai o olhar. Thoreau era um homem do protesto ativo, um “anti” muita coisa, inconformado com a evolução do caminho social no seu tempo. Na natureza reencontrava um equilíbrio que nas últimas décadas foi uma bandeira da civilização contemporânea através da ecologia e da proteção do ambiente, apesar de ser bastante distante o modo como efetuava a sua desobediência civil constante e o modo como os seres humanos se comportam perante um mundo de opressão como é aquele em que vivemos. Também aqui o tradutor, Luís Leitão, oferece ao leitor um prefácio interessante, onde diz: “São textos que resultam da observação persistente e continuada do mundo natural (recorde-se que Henry David Thoreau passou dois anos sozinho numa cabana junto ao lago Walden) e situam-se na fronteira entre a ciência e a sensibilidade humana.”