Açores lutam por um papel central na economia azul
Autoridades e académicos açorianos reclamam protagonismo das ilhas no futuro desenvolvimento marítimo
Foi há precisamente dez anos, a 25 de junho de 2006, que se deu na Horta o lançamento do Livro Verde sobre a Política Marítima Integrada. O subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas dos Açores foi quem lembrou este facto histórico. “[Os Açores] participaram desde o primeiro momento, logo em julho de 2006, entregando o seu contributo para o Livro Verde e trabalhando depois em inúmeras consultas, processos como o Livro Azul, o Plano de Ação para os Oceanos, a Estratégia para o Atlântico”. Numa área em que o governo regional defende a necessidade de uma abordagem “holística, integrada e transversal”, os Açores têm um papel de relevo devido à riqueza dos recursos biológicos, minerais e energéticos do seu mar e de todo o potencial que encerram para o desenvolvimento da economia azul, mas também por estarem à frente da Conferência das Regiões Periféricas Marítimas da Europa.
Hélder Silva, diretor do DOP e do IMAR – Instituto do Mar, foi o orador convidado da sessão, tendo feito uma exposição sobre o trabalho, notório a nível nacional e internacional, desenvolvido por este departamento da Universidade dos Açores. Encarando a exploração de minérios como uma “oportunidade” de aprofundar o conhecimento científico submarino, Hélder Silva explicou que na região existem mais de 500 espécies de peixe e cerca de 400 montes submarinos, além de 190 espécies de corais identificadas.
Depois, alertou a ministra do Mar que o navio utilizado pelo DOP já “é escasso” para fazer face às necessidades da pesquisa científica, isto quando alguns Estados membros “não sabem o que fazer com os seus barcos”.