Esquadrão Suicida é o rei do verão
Cerca de 111 mil portugueses em plena canícula escolheram Esquadrão Suicida para o seu filme de fim de semana. Números francamente bons para o filme de David Ayer, que também em Portugal foi massacrado pela crítica. Um triunfo que celebra a supremacia dos filmes de super-heróis no nosso mercado. Ainda assim, nem tudo é ruído e marketing. Há surpresas agradáveis no comportamento do cinéfilo. Numa só sala de Lisboa, o Ideal, o clássico de Stanley Kubrick, Barry Lyndon, continua a ser um sucesso de estima. Até à data, e em poucas sessões, já vai nos 1236 bilhetes. A reposição de Derzu Uzala, de Akira Kurosawa, vai pelo mesmo caminho. De quinta a domingo fez uns estimáveis 521 espectadores. Os quase oito mil espectadores de Mães à Solta, comédia no feminino, não indiciam boa carreira para um objeto que nos EUA atraiu muita senhora ao cinema. As outras estreias – High Strung – Ao Ritmo do Sonho, de Michael Damien, e Race: 10 Segundos de Liberdade, de Stephen Hopkins – não fizeram resultados de registo. Na América, os números de Esquadrão Suicida também são da ordem do fenómeno. Esta liga de supervilões bateu todos os recordes do mês de agosto e prova que os americanos já não querem outra coisa que não filmes com heróis e superpoderes. A única fatalidade que ainda pode acontecer é na segunda semana a descida ser estrondosa, um pouco como aconteceu com Batman v Super-Homem: O Despertar da Justiça. Não é de excluir esse cenário sobretudo quando há tanta campanha contra as qualidades do filme. Certo é que a grande vítima foi Jason Bourne. O filme de Paul Greengrass caiu imenso e já perdeu a pedalada de blockbuster. Nerve – Alto Risco, com Emma Roberts, continua a ser uma das surpresas do momento.