Diário de Notícias

Marcos Freitas com diploma olímpico: “É pouco, quero medalhas”

Mesa-tenista entrou no grupo dos oito melhores e fez história na modalidade. Hoje (20.00) joga o acesso às meias-finais

- ISAURA ALMEIDA

Histórico. O português Marcos Freitas qualificou-se ontem para os quartos-de-final dos Jogos Olímpicos, garantindo o primeiro diploma individual do ténis de mesa português nas Olimpíadas. Mas a ambição do mesa-tenista português é ainda maior do que o feito conseguido: “O diploma [destinado aos oito primeiros] não conta para muito, já o tive há quatro anos na prova por equipas. Eu quero é mesmo medalhas, pódios. O meu principal objetivo não é uma medalha já, mas sim passar à próxima ronda e, aí sim, estarei a um jogo de uma medalha.”

Atual 11.º do ranking mundial, bateu o ucraniano Kou Lei, 42.º, por 4-0, com os parciais de 11-8, 11-7, 11-5, 11-7, em apenas 29 minutos, mostrando grande frescura física para quem tinha jogado os 16 avos de final horas antes. “Joguei realmente muito bem, frente a um adversário melhor do que o anterior. Estive perfeito a nível tático, consegui controlá-lo do primeiro set até ao último. (...) O próximo jogo vai ser ainda mais difícil”, admitiu, ele que na próxima ronda vai defrontar o japonês Jun Mizutanil (hoje, 20.00 portuguesa­s), que ontem derrotou o brasileiro Hugo Calderano.

O madeirense fez parte da equipa que alcançou o quinto lugar coletivo nos Jogos de Londres 2012, mas a nível individual jamais algum atleta fez melhor do que esta presença garantida nos quartos-de-final.

Sorte diferente teve Tiago Apolónia, desiludido com a eliminação precoce a nível individual. “É um dos grandes objetivos de cada atleta. Preparámo-nos a 200% para conseguir bons resultados e uma boa prestação. Obviamente estou muito desiludido”, explicou o lisboeta, que foi derrotado pelo esloveno Bojan Tokic, 53.º, por 4-1, com parciais de 11-6, 10-12, 11-6, 11-7 e 11-8, em 43 minutos.

Apolónia, 18.º do ranking mundial, admitiu que não esteve no seu melhor e só já quer pensar na prova de equipas, que sempre foi “o principal objetivo”. A partir de sexta-feira, Apolónia, Marcos Freitas e João Monteiro entram em ação: “[A medalha] é um sonho, temos de estar sempre a acreditar, a sonhar.Vamos ter logo um adversário dificílimo, que é a atual campeã da Europa, a Áustria. O sonho [de medalhas] existe, mas o objetivo agora é ganhar à Áustria.” Sousa não chegou para Del Potro No court de ténis, Del Potro venceu João Sousa (2-1) e acabou o jogo a mostrar ao Estádio Olímpico a bandeira que tinha ao peito. O argentino deu um sinal claro do orgulho que sente por representa­r o país no Rio 2016 e enviou uma mensagem para as bancadas, onde chegou a haver confrontos entre brasileiro­s e argentinos durante a partida com o português.

Já na véspera, quando perguntara­m a Sousa como seria jogar com Djokovic, ele respondeu que o número 1 mundial ainda tinha de passar por Del Potro. E o certo é que não passou! O mundo do ténis foi apanhado de surpresa com a eliminação do sérvio na primeira ronda e o português ganhava assim um ânimo extra para a segunda ronda, depois da dupla jornada da véspera (venceu em singulares e pares no mesmo dia). Apesar de saber que o argentino vale mais do que o seu ranking mundial atual (141.º), jogar com ele seria menos mau do que enfrentar Djokovic...

Mas, apesar de ter entrado bem no encontro – teve um break acima no primeiro set –, e de ter dominado por completo o segundo parcial, João Sousa acabou eliminado pela Torre de Tandil, como é conhecido Del Potro, por 6-3, 1-6 e 6-2, após uma hora e cinquenta minutos de jogo e dois match points salvos.

Chegou assim ao fim a aventura, em solitário, de João Sousa no Rio 2016 (de madrugada jogou a segunda ronda de pares, ao lado de Gastão Elias). Já o tenista da Lourinhã entra em court hoje (cerca das 15.00), frente ao americano Steve Johnson (22.º ATP). Porta-estandarte entrou em ação João Rodrigues (windsurf) iniciou ontem a sua sétima e última participaç­ão Olímpica com um 21.º lugar na primeira regata de RS:X e acabou o conjunto de três regatas do dia em 18.º da geral.

Filipa Martins obteve a melhor participaç­ão de sempre da ginástica: foi 37.ª no all-around

Na vela entraram ainda em ação Gustavo Lima, que terminou o dia na 14.ª posição, após as duas primeiras regatas da classe Laser (fez 15.os lugares), e Sara Carmo, que concluiu o primeiro dia da classe Laser Radial na 34.ª posição .

Na natação, Victoria Kaminskaya despediu-se “satisfeita” com a estreia em Jogos, apesar de ter falhado o objetivo do recorde nacional dos 200 metros estilos ao ser sexta na primeira série, com 2:16,78 minutos.

Já na madrugada de ontem, Filipa Martins obteve a melhor participaç­ão de sempre de uma ginasta portuguesa na prova de ginástica artística, ao ser 37.ª no all-around.

 ??  ?? 1. Marcos Freitas em ação no jogo que o levou até aos quartos-de-final dos Jogos 2. Ação da ginasta portuguesa Filipa Martins na trave 3. João Sousa em grande nível frente a Del Potro... mas não deu para superar o argentino2­31
1. Marcos Freitas em ação no jogo que o levou até aos quartos-de-final dos Jogos 2. Ação da ginasta portuguesa Filipa Martins na trave 3. João Sousa em grande nível frente a Del Potro... mas não deu para superar o argentino2­31
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