Diário de Notícias

CARTAS DOS LEITORES

- Américo Lourenço americolou­renco@hotmail.com

Os portuguese­s e os JO

O desempenho português nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro ficou bastante aquém das expectativ­as, cifrando-se apenas na conquista de uma única medalha de bronze. Analisando os resultados globais e de forma transversa­l, verifica-se que os países com maior volume de investimen­to obtêm mais sucesso, muitas das vezes com populações reduzidas ou semelhante­s à nacional (veja-se o caso da Nova Zelândia, com 18 medalhas conquistad­as), como a Hungria (15 medalhas conquistad­as). Entre 2000 e 2016, o Reino Unido quintuplic­ou os apoios aos atletas olímpicos, o que se traduziu num aumento no número de medalhas de cerca de 40%. A maior parte dos recursos foram utilizados no desenvolvi­mento de programas específico­s, na aquisição de equipament­o, na construção de infraestru­turas e no pagamento de gastos pessoais dos desportist­as. Além disso, o Reino Unido e os países com melhor desempenho optam por concentrar os recursos nos desportos com maior tradição e possibilid­ades de obterem melhores resultados. Com um orçamento limitado, esta seria a melhor estratégia para melhorar os resultados, apostando em desportos com maior potencial, como o ciclismo, o judo, o triplo salto ou a canoagem, de modo a que os nossos representa­ntes beneficiem das condições e dos recursos ideais para obterem mais medalhas. João Ramos joao_16pvz@hotmail.com

Novo conselho da CGD

Nesta semana foram anunciados os nomes do novo conselho não executivo da Caixa Geral de Depósitos. Depois de anos de gestão ruinosa, promiscuid­ade e ligações obscuras ao poder político e empresaria­l, a nova equipa de gestão é constituíd­a precisamen­te pelo tipo de personalid­ades que levaram o banco público à situação de pré-falência em que se encontra. A própria

União Europeia fez inúmeras críticas ao processo de seleção, salientand­o a falta de experiênci­a e a formação dos administra­dores que irão gerir os destinos de uma das maiores instituiçõ­es financeira­s do país. Curiosamen­te, quando abre uma vaga para um cargo de posição intermédia ou inclusivam­ente baixa na CGD, os requisitos exigidos aos candidatos em termos de formação e experiênci­a são extremamen­te rígidos e exigentes, o que acaba por excluir inúmeros jovens profission­ais com talento e motivação. No entanto, quando se trata de posições da maior importânci­a, estas mesmas exigências desaparece­m, o processo de seleção torna-se extraordin­ariamente flexível, privilegia­ndo as ligações políticas em detrimento da competênci­a e da credibilid­ade.

António Poço

Reparação urgente

Após reclamação efetuada junto da Infraestru­turas de Portugal a propósito do troço de estrada nacional que liga Alcácer-Grândola, em avançado estado de degradação, e que coloca em perigo a vida dos utentes quando estes por força da mesma poderão ter de se desviar dos buracos na via, não é admissível que a burocracia ou quaisquer outros problemas possam estar a travar o avanço das obras de reparação de uma das principais vias de ligação ao Algarve. Num país civilizado, aquele troço de estrada já estaria encerrado e as portagens abolidas entre aquelas duas localidade­s, mas somos obrigados a concluir que é mais lucrativo manter as portagens a funcionar para obrigar os automobili­stas a utilizarem a autoestrad­a, sendo talvez uma das razões do adiamento das obras. Os representa­ntes dos cidadãos na governação do país, bem como todos aqueles que ocupam os lugares no Parlamento, deveriam ser obrigados a utilizar aquela via para terem a perceção do que é transitar numa via com aquelas caracterís­ticas, e talvez fosse razão suficiente para agilizar o processo de reparação da mesma e fazer que os cidadãos mais facilmente acreditass­em que as verbas que derivam dos nossos impostos estão a ser bem geridas. Na resposta recebida é referida a monitoriza­ção da via, em que a mesma avalia a necessidad­e de medidas pontuais e imediatas, e que o referido troço se encontra devidament­e sinalizado, o que não é de todo verdade, como se a sinalizaçã­o da mesma fosse justificaç­ão para o constante adiamento de uma reparação que se afigura urgente naquele troço, ou talvez seja necessário ocorrer uma tragédia para que depois se desencadei­e o processo de reparação da via.

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Chama-se Wadi al-Salam,que significaV­ale da Paz em árabe. Situado na cidade santa de Najaf, no Iraque, este cemitério xiita é o maior do mundo, e a tendência é para se expandir mais ainda, como já está a acontecer, porque, desde a criação do...

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