Diário de Notícias

Marte na agenda, ainda sem data

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› A mais imaginada de todas as viagens espaciais, a primeira missão tripulada a Marte, ainda não tem data marcada. Mas, para a NASA, essa é a próxima fronteira. A meta já foi traçada, os Estados Unidos já se mostraram publicamen­te empenhados nisso e, embora não haja ainda nenhuma certeza, o horizonte mais expectável parece ser a década de 2030. Marte esteve aliás em foco no final do ano passado, quando a NASA abriu concurso para o seu novo corpo de astronauta­s – os escolhidos serão conhecidos em junho de 2017. Nessa altura, Charles Bolden, o patrão da agência espacial americana, foi claro sobre o que deles se espera. A NASA, disse, “está envolvida numa ambiciosa viagem a Marte e estamos à procura de homens e mulheres talentosos de várias contextos e formações que nos ajudem a lá chegar”.

Na prática, e independen­temente de outras parcerias futuras, ESA e Roscosmos já trabalham para esse objetivo e muitos não têm dúvidas de que o século XXI será o da instalação humana permanente na Lua. Um dos que assim pensam é Igor Mitrofanov, um dos cientistas principais do Instituto de Investigaç­ão para o Espaço, em Moscovo, que trabalha nesta área, e que considera que o seu país “tem de participar nesse projeto”.

O primeiro passo para que ele se concretize, o estudo detalhado da geologia, dos gelos e dos elementos químicos presentes no polo sul da Lua, que permitam avaliar com rigor a possibilid­ade de produzir oxigénio, água e combustíve­l, que são essenciais à instalação segura de uma comunidade de humanos, está agora dependente de uma aprovação em dezembro. Mas, mesmo que haja um adiamento, a Lua será um destino inevitável.

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