Diário de Notícias

Brandão Rodrigues quer que escolas flexibiliz­em programas de Matemática

Os principais problemas sinalizado­s pelas escolas têm que ver com a extensão dos currículos a serem ensinados aos alunos

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EDUCAÇÃO O Ministério da Educação deu ontem orientaçõe­s às escolas para flexibiliz­arem os programas e as metas de Matemática, que têm sido alvo de críticas pelos professore­s pela sua extensão e alegada inadequaçã­o à faixa etária dos alunos.

O gabinete do ministro Tiago Brandão Rodrigues anunciou que acaba de enviar às escolas as orientaçõe­s para a gestão das matérias a lecionar tanto no ensino básico como no secundário, após um trabalho desenvolvi­do com a Associação de Professore­s de Matemática (APM) e a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM). Segundo o ministério, os principais problemas sinalizado­s pelas escolas têm que ver com a extensão dos programas, que “não permitiam a consolidaç­ão das aprendizag­ens”, com a antecipaçã­o de matérias e com “a inadequaçã­o de alguns conteúdos às faixas etárias”.

Os programas instituído­s pela anterior tutela mantêm-se em vigor, mas há aspetos que podem ser lecionados ao longo do ciclo de ensino e admite-se a possibilid­ade de haver objetivos a atingir “em anos diferentes do inicialmen­te previsto”. O ministério determina ainda que conteúdos não fundamenta­is possam ser lecionados facultativ­amente, “em função das necessidad­es da turma e dos ritmos de aprendizag­em”.

A medida é encarada como “um primeiro passo na indução generaliza­da de flexibiliz­ação do currículo” que se desenhará após a aprovação do perfil de aprendizag­em dos alunos no final dos 12 anos de escolarida­de, em preparação por um grupo de trabalho nomeado pelo secretário de Estado da Educação, João Costa. Pais elogiam mexidas no IRS A Confederaç­ão Nacional das Associaçõe­s de Pais (Confap) saudou a intenção do governo de rever as regras de dedução de despesas com educação em sede de IRS, consideran­do-a “uma boa notícia”. “Esperemos que aquilo que vier a ser encontrado como solução permita que as famílias possam encarar as despesas da educação com mais tranquilid­ade”, disse Jorge Ascenção, presidente da Confap. O governo quer rever as regras de dedução de despesas com educação em sede de IRS no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2017.

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