Três mortos em Myanmar e cem pagodes danificados
ABALO Terra também tremeu no país asiático. Sismo chegou aos 6,8 na escala de Richter e foi sentido na Tailândia
Em Myanmar, a antiga Birmânia, a terra também tremeu com violência na noite de terça-feira (madrugada de ontem em Lisboa), causando a morte a pelo menos três pessoas e danificando quase uma centena dos famosos pagodes budistas dos séculos XI a XIII da antiga capital Bagan, um dos locais arqueológicos e turísticos mais importantes daquele país.
O sismo atingiu uma magnitude de 6,8 na escala de Richter e teve o epicentro em Magway, uma pequena cidade situada no centro do país, a cerca de 30 quilómetros de Bagan. Por isso, o tremor de terra foi sentido em todo o país, na Tailândia e no Leste da Índia. As vítimas mortais são duas raparigas que ficaram sob os escombros de um pagode que ruiu na margem do rio Ayeyarwaddy, a sul de Bagan, e um homem que ficou soterrado numa fábrica de tabaco, cujo telhado abateu, anunciaram as autoridades.
Apesar da violência do sismo, os estragos foram menos elevados do que se poderia esperar, embora esse balanço ainda estivesse a ser feito ontem.
Há também uma turista espanhola ferida, que se encontrava de visita a um dos monumentos de Bagan, mas não foi adiantada informação sobre a gravidade do seu estado.
Bagan, conhecida pela Cidade dos Quatro Milhões de Pagodes, é um local único. Numa área de 42 quilómetros quadrados tem entre dois mil e três mil pagodes e templos budistas construídos entre os séculos XI e XIII. Dizem os especialistas que rivaliza com a monumentalidade de Angkor Wat, no Camboja, e de Borobudur, na Indonésia. No entanto, aquele é um local particularmente vulnerável, nomeadamente devido à sismicidade da região em que se encontra.
Também na mesma noite, um sismo forte de magnitude 6 na escala de Richter foi registado a 372 quilómetros de Díli, Timor-Leste, sem que tivesse havido informação de vítimas ou estragos.