“Acreditamos ter uma linha diferente”
Um dos programas da Sport TV +é o Grande Entrevista. Acredita que vai quebrar a barreira do acesso aos protagonistas? À partida, qualquer personalidade do futebol pode ser protagonista do Grande Entrevista. Vamos viver com o que existe. Tenho esperança de que isso, um dia, no futebol português, mude. Penso que as mentalidades dos dirigentes mudaram significativamente nos últimos anos e acho que vão continuar a mudar. Sendo algo interessante para a indústria, nomeadamente o protagonismo que pode ser dado a quem joga futebol, se os dirigentes tiverem consciência de que é benéfico, a tendência será necessariamente que isso seja alterado. Quais foram os critérios de escolha dos formatos de infotainment do canal? Acreditamos ter uma linha diferente. E, se a temos, só podemos ir buscar pessoas que, neste momento, não se identificam com o que se passa na TV portuguesa. A perspetiva foi buscar coisas um bocadinho disruptivas, diferentes daquilo a que as pessoas estão habituadas. Ao domingo à noite, querem bater-se de igual para igual com os programas de comentário desportivo dos canais de notícias e da CMTV? Não podemos ter a ambição de nos querermos bater com os canais de informação generalista. Referia-me a um horário em que só há esse tipo de formatos. Mas não existem programas que deem às pessoas os conteúdos que elas querem ver, nomeadamente os golos do dia. Esses programas não oferecem isso, nós oferecemos. A Sport TV + só tem uma antena. Não podemos fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Parece-me que quem faz isso é porque não pode fazer outra coisa. Não têm os conteúdos. Nós temos as imagens que, para todos os efeitos, são a origem de tudo, é o que leva a que as pessoas se interessem pelo futebol e pelo desporto em geral.