Diário de Notícias

Oito anos depois, Padraig Harrington volta a festejar

GOLFE Irlandês, vencedor de três majors, interrompe­u longo jejum no European Tour e ganhou o Portugal Masters. Melo Gouveia 22.º

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Em 2008, Padraig Harrington parecia estar a caminho do topo do mundo. Nesse ano, o irlandês ganhou dois majors (o nome dado aos quatro torneios mais importante­s do calendário anual) de enfiada – o britânico The Open, que já tinha ganho também em 2007, e o US PGA Championsh­ip –, chegou a n.º 3 do mundo e foi eleito o jogador do ano tanto no circuito europeu como no norteameri­cano. Mas o sucesso travou a fundo. Em 2009, Paddy viveu mesmo o seu primeiro ano em jejum como profission­al. Uma seca de títulos que, no European Tour, se tornou longa. Muito longa: só terminou ontem, nos campos do Victoria Clube de Golfe, em Vilamoura, onde o irlandês conquistou o Portugal Masters com um total de 23 pancadas abaixo do PAR, após uma excelente última volta.

Aos 45 anos, Harrington tornou-se o mais velho vencedor do torneio português. E também o décimo campeão diferente em dez edições da prova. “Ainda não tinha vencido neste ano, sei que a época está a chegar ao fim e é sempre importante vencer todos os anos. Foi uma grande vitória, venho aqui há dez anos e gosto muito. Há aqui muitos irlandeses e quase me sinto a jogar em casa”, disse o jogador, que arrecadou um prémio de 333 330 euros, nesta sua primeira vitória no European Tour como “quarentão” – no ano passado ganhara o Honda Classic, mas do circuito americano PGA Tour, e em 2014 o Open da Indonesia, do Asian Tour. Padraig Harrington ganhou mais de 333 mil euros pela

vitória em Vilamoura

Harrington, que ocupa agora a 43.ª posição na Corrida para o Dubai (o ranking anual do circuito europeu), admitiu que o birdie conseguido no buraco 11 foi decisivo para o primeiro triunfo da época, garantindo que jogou “bastante relaxado” durante toda a semana. “O shot para birdie no 11 mostrou-me que ia ser um dia bom”, afirmou o golfista irlandês, que terminou com um agregado de 261 pancadas, 23 abaixo do Par.

Harrington igualou o recorde da prova portuguesa (261), conseguido no ano passado pelo inglês Andy Sullivan, que neste ano concluiu na segunda posição, com 262 pancadas. Empatado na 3.ª posição ficou o duo nórdico formado pelo dinamarquê­s Anders Hansen e o finlandês Mikko Korhonen, que tinham começado o último ida na liderança.

O português Ricardo Melo Gouveia conseguiu a sua melhor prestação de sempre na prova, ao terminar no grupo dos 22.os, (-15 Par), arrecadand­o 20 800 euros.

A melhor prestação de um golfista português no Portugal Masters continua assim a ser o 16.º lugar conseguido por Ricardo Santos na edição de 2012.

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