Orçamento do PSD seria “melhor para os portugueses”
PSD relança as Jornadas de Consolidação, Crescimento e Coesão, que arrancam nesta noite em Aveiro. Presidente dos sociais-democratas vai denunciar fragilidades do Orçamento e apresentar propostas alternativas
A partir de hoje, e durante cerca de um mês, o líder social-democrata faz-se à estrada para apontar os defeitos do documento socialista e apresentar as propostas estruturantes do PSD. Passos acusa o governo de aumentar impostos e tirar poder de compra aos portugueses, regressando a um “ciclo que já tinha terminado”.
“O PSD apresentaria um Orçamento do Estado melhor para os portugueses.” A convicção é transmitida por Pedro Passos Coelho, que em declarações ao DN faz questão de reafirmar o descontentamento com o documento do governo: “Este é um Orçamento que aumenta impostos e retira poder de compra aos portugueses. Esse ciclo já tinha terminado.”
E é esta mesma mensagem que o presidente do PSD vai deixar nesta noite em Aveiro (Albergaria-a-Velha), no arranque das Jornadas de Consolidação, Crescimento e Coesão. Uma iniciativa que terá a duração de um mês e durante a qual Passos Coelho, além de discutir o Orçamento de António Costa e Mário Centeno, vai contrariar a ideia de que o PSD não faz uma oposição construtiva. O presidente dos sociais-democratas, sabe o DN, irá revelar quais as alternativas que tem à proposta do executivo socialista.
Passos – tal como Maria Luís Albuquerque, Luís Montenegro, Marco António Costa, Teresa Morais, que participam nas jornadas com conferências em todos os distritos – não se limitará à análise e crítica do OE. Nos seus planos está também a apresentação de algumas propostas, sobretudo ao nível do modelo de economia.
Uma estratégia que vai ao encontro do que Passos afirmou na passada semana quando, depois da audiência com o Presidente da República, garantiu que iria mostrar que pode haver alternativas do “ponto de vista estrutural para o futuro do país”. Propostas para “reformas importantes” que possam “ajudar a economia a crescer de uma forma mais sustentada”.
Com as Jornadas de Consolidação, Crescimento e Coesão, o PSD pretende, como admitiu fonte próxima de Passos, “por um lado chamar a atenção para como as escolhas do governo afetam a vida das pessoas e, por outro, demonstrar que era possível estar hoje a implementar uma estratégia diferente para um verdadeiro projeto de desenvolvimento e progresso social.”
Passos vai estar presente na abertura e no encerramento do road show, que terá um modelo similar às jornadas que o PSD organizava quando era governo. Nas 19 sessões que compõem a iniciativa haverá intervenções do presidente da distrital, de um deputado especializado nas áreas em questão e ainda de um membro da comissão política nacional do PSD. Haverá depois um período de debate aberto a militantes, que poderá ser moderado pelo deputado cabeça-delista nas legislativas pelo distrito em causa.
Maria Luís Albuquerque, ex-ministra das Finanças, tem intervenções marcadas para Viseu (sábado), Coimbra e Porto. O secretário-geral do PSD, Matos Rosa, tem presenças asseguradas em Bragança e Vila Real. Luís Montenegro e Marco António Costa terão a palavra, respetivamente, em Braga e em Leiria. Teresa Morais foi a oradora escolhida para Setúbal e Santarém e Teresa Leal Coelho para Portalegre e Torres Vedras.
Conferência de líderes Entretanto, o PSD entregou ontem ao presidente do Parlamento um pedido urgente para agendar uma conferência de líderes para hoje, defendendo que a falta de documentação sobre o Orçamento, a enviar pelogoverno, inviabiliza o início dos trabalhos orçamentais.
“Não há condições para que os trabalhos orçamentais possam iniciar-se em debate sem que exista a documentação que sempre foi entregue e pela primeira vez o governo está a querer esconder”, afirmou à Lusa o deputado do PSD António Leitão Amaro. Em causa os documentos da execução orçamental estimada para o final de 2016. Os trabalhos orçamentais estão marcados para esta tarde (15.00) com a audição do ministro das Finanças, Mário Centeno, na comissão de Orçamento e Finanças.
O PSD apresentaria um Orçamento do Estado melhor para os portugueses
PEDRO PASSOS COELHO PRESIDENTE DO PSD