Ministro diz que especulações sobre resgate são descabidas
Caldeira Cabral afirma que não faz sentido falar sobre segundo resgate e que o défice do país cumpre os critérios da Europa
O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, disse ontem, em Caminha, distrito de Viana do Castelo, serem “totalmente descabidas” as especulações que apontam para um segundo resgate a Portugal. Na última sexta-feira a agência de notação financeira DBRS manteve o rating atribuído a Portugal em BBB (baixo), o primeiro nível de investimento e já fora do “lixo”, e confirmou a perspetiva estável.
“São totalmente descabidas e não faz sentido nenhum falar sobre elas”, afirmou Caldeira Cabral quando questionado por jornalistas da Galiza sobre essa possibilidade noticiada ontem pelo jornal
La Voz de Galicia. À entrada para uma reunião de trabalho com associações empresariais da eurorregião Norte de Portugal-Galiza, nos Paços do Concelho, em Caminha, o ministro da Economia garantiu que “Portugal está num muito bom momento, está com um défice que vai cumprir todos os critérios da União Europeia, está em crescimento económico, e isso é o que devemos realçar”.
Destacou o interesse que a indústria nacional está a conquistar: “Felizmente, estamos a ter um crescimento do investimento muito grande na indústria, em particular até do investimento estrangeiro, na indústria transformadora.” O governante acrescentou que Portugal “deve aproveitar o momento de recuperação económica” e que a Galiza deve tirar proveito “do momento de grandes investimentos” que está a viver. “Para que neste novo ciclo que se abre, depois de um período de ajustamento que foi tão negativo para os dois países, possamos aproveitar todas as oportunidades para trabalharmos em conjunto para melhorar a competitividade da eurorregião Norte de Portugal-Galiza.”
Caldeira Cabral acrescentou que a eurorregião “tem uma relação antiga, tem investimentos comuns e tem relações muito grandes de intercâmbio e de amizade entre as pessoas”. E salientou que ainda há muitas oportunidades por aproveitar. “O Norte de Portugal e a Galiza têm também muitas oportunidades de negócio e algumas interligações entre empresas que já estão a aproveitar essas oportunidades de negócio, mas há ainda muitas obras por aproveitar”, disse. Lusa