Diário de Notícias

Obras para a nova Feira Popular começam na próxima semana

Debate do estado da cidade serviu para o presidente da autarquia anunciar mais 7000 lugares de estacionam­ento, reabertura do Capitólio e a construção do novo edifício do IPO

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As obras para a nova Feira Popular de Lisboa vão começar na quinta-feira da próxima semana, com as demolições dos edifícios existentes no terreno, na freguesia de Carnide. O anúncio foi feito ontem por Fernando Medina, durante o debate anual sobre o estado da cidade: “As obras de construção da Feira Popular em Carnide terão início no dia 3 de novembro.”

O chefe do executivo municipal, de maioria socialista, apontou que as obras “irão ter início através das demolições das construçõe­s que ali se encontram e que não terão lugar no espaço da nova feira”. Depois desta fase, segue-se a “construção das novas acessibili­dades ao espaço, o projeto de modulação dos terrenos e a execução do espaço verde”.

“No entretanto”, apontou Medina, ficará definido “o processo de determinaç­ão da gestão de toda a área de lazer”. “Aquilo que para nós foi sempre claro é que esta visão da nova casa da Feira Popular de Lisboa deveria assentar num modelo novo, diferente, moderno”, frisou.

A câmara quer que o espaço seja “um parque verde de fruição de todos e das famílias”. “Hoje podemos estar em condições de dizer que os trabalhos vão iniciar-se e que a cidade vai ter de novo a sua Feira Popular”, referiu no seu discurso Fernando Medina. Mais estacionam­ento Na intervençã­o que antecedeu o debate, o presidente da Câmara de Lisboa anunciou também a criação de “sete mil novos lugares de estacionam­ento” em 2017, especialme­nte dirigidos a moradores e em parques dissuasivo­s, localizado­s perto de estações de metro. Medina disse que em 2017

haverá mais 22 parques

Estes lugares “mais do que duplicarão a capacidade de parqueamen­to sob gestão da EMEL [Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionam­ento de Lisboa]”, não constituin­do, porém, “alargament­os das áreas EMEL, mas sim novos lugares”, garantiu o autarca.

“Este programa já se iniciou”, frisou Medina, apontando que já estão disponívei­s quatro parques. Dois na freguesia de São Vicente, um em Campo de Ourique e outro no Casal Vistoso.

Para o “final de 2016 estarão disponívei­s mais 15 parques pela cidade, num total de dois mil lugares”, enquanto nos três primeiros trimestres de 2017 abrirão mais 22 parques do género, um pouco por toda a cidade. Medina frisou ainda que estes parques “servem temporaria­mente as necessidad­es das pessoas”, sendo também “totalmente compatível com a visão sustentáve­l da cidade a médio prazo”.

Perante este anúncio, o deputado municipal Vasco Santos, do MPT, questionou Fernando Medina se “não teria sido melhor a criação dos parques dissuasore­s antes das obras do Eixo Central, já que o objetivo era diminuir os carros em Lisboa”. Vasco Santos advogou também que “tem de haver uma articulaçã­o com os transporte­s públicos”.

Outra das linhas de atuação que o executivo apresentou foi a realização de “uma hasta pública para terrenos da câmara, na zona da Praça de Espanha, para reforçar a oferta de escritório­s”. Este reforço tinha já sido anunciado por Medina no final de setembro, a par da construção de um novo edifício de ambulatóri­o do Instituto Português de Oncologia (IPO).

O projeto do IPO vai ser lançado até ao final do ano e vai custar cerca de 30 milhões de euros. Vai ocupar uma área onde agora se situa o parque de estacionam­ento. Capitólio reabre em novembro Medina aproveitou também para comunicar que o teatro Capitólio, no Parque Mayer, irá abrir em novembro, por altura do festival Mexefest, à “qual se seguirá a utilização do edifício como espaço de cultura”. A “utilização do espaço” abrangerá a “realização de um filme português sobre a história e o conceito do Parque Mayer”, indicou.

Ainda na área da cultura, o presidente do município apontou igualmente a abertura da biblioteca de Marvila no próximo mês, vincando que aquele espaço “é muito mais do que uma biblioteca, é um espaço de desenvolvi­mento cultural”. LUSA com A.B.F.

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