Diário de Notícias

Pedro Sánchez é favorito cinco meses após ser expulso de líder

Sondagem mostra antigo secretário-geral 25 pontos percentuai­s à frente de Susana Díaz, que se pensava ser a grande rival

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SOCIALISTA­S Dado muitas vezes como politicame­nte morto, o ex-secretário-geral dos socialista­s espanhóis está afinal bem vivo. E fá-lo às custas daquela que se apresentav­a como a sua principal rival, a presidente da Andaluzia, Susana Díaz. Pelo menos é essa a conclusão que se pode tirar da sondagem Sigma Dos, publicada ontem no jornal El Mundo, que revela que cinco meses depois de ter sido afastado da liderança do PSOE, Sánchez é o favorito à vitória nas primárias do partido, em maio, com 25 pontos percentuai­s de diferença para Díaz – que ainda não apresentou oficialmen­te a candidatur­a.

De acordo com a sondagem, 43,9% dos inquiridos que se identifica­m como eleitores socialista­s (só os militantes vão votar) preferem que Sánchez volte a ser secretário-geral. Em segundo lugar, com 31,8% das intenções de voto, surge Pátxi López, antigo líder do governo basco que presidiu ao Congresso dos Deputados entre janeiro e julho de 2016 (a falta de acordo de governo levou à convocação de novas eleições). Finalmente, em terceiro lugar, com 18,6%, surge Susana Díaz, que continua a atrasar o anúncio oficial de candidatur­a, dando espaço aos adversário­s, que percorrem o país a fazer campanha. Sánchez lançou-se na corrida à liderança em janeiro, precisamen­te com um evento em Sevilha, no “coração do socialismo andaluz”, tendo reunido duas mil pessoas. Na última sondagem Sigma Dos, em janeiro, López ainda não tinha anunciado a candidatur­a. Então, 53,8% dos eleitores socialista­s preferiam Sánchez, contra 34,7% que escolhiam Díaz.

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