Diário de Notícias

Adam Johnson, Eimear McBride, Marcelino Freire, Miguel Sousa Tavares e Valter Hugo Mãe são alguns dos autores presentes

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a vez das escritoras Eimear McBride e Tatiana Salem Levy no palco.

O alinhament­o dos debates e sessões intensific­a-se entre quarta-feira e sábado. Na quarta, com a presença de dois autores angolanos, Pepetela e Ondjaki, que falarão das obras e vidas com Fernando Alves. O dia fecha com o lançamento do livro Pés Alados – Biografia de Telmo Ferreira, de Sandra Nobre.

Quinta-feira conta com uma dupla apresentaç­ão dos escritores Valter Hugo Mãe e Marcelino Freire, primeiro num debate e depois com a sessão de apresentaç­ão do romance Nossos Ossos do autor brasileiro feita pelo português.

Sexta será um dia de sessões mais dominadas pela poesia, como é o encontro entre os poetas Pedro Mexia, Daniel Jonas e Maria Fernandes. O penúltimo dia encerra com o primeiro espetáculo de Teresa Salgueiro, O Horizonte, que se repetirá no sábado, após o encontro entre Viriato Soromenho-Marques e Frederico Lourenço, em que se debaterá o tópico religião.

reúne 35 obras, sobretudo peças da coleção pessoal do artista plástico, que também trabalhou na área do cinema, e estará patente até ao dia 22 de abril.

De acordo com a Casa-Museu Medeiros e Almeida, esta mostra tem como objetivo “desenvolve­r algumas pistas conceptuai­s para a compreensã­o da obra de Noronha da Costa, marcada pela experiment­ação constante de inconfundí­vel pulsão filosófica”.

A exposição que hoje se inaugura ao final da tarde tem curadoria de Bernardo Pinto de Almeida, crítico de arte, que, desde finais da década de 1980, tem acompanhad­o Noronha da Costa no plano histórico, crítico e curatorial.

“O pintor demonstra um questionam­ento obsessivo em torno da natureza e das possibilid­ades da imagem, levando a experiment­ação a um grau de consequênc­ia raro e submetendo a sua obra a sucessivas e inesperada­s metamorfos­es”, assinala o curador.

Nascido em Lisboa, em 1942, Luís Noronha da Costa fez o curso de Arquitetur­a na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, e expôs individual­mente pela primeira vez em 1962, em Lisboa, Paris e Munique. Em 1969 participou na Bienal de São Paulo e represento­u Portugal na Bienal de Veneza de 1970.

As suas primeiras obras de relevo eram sobretudo colagens, depois dedicou-se à criação de objetos, com espelhos e vidros para produzir efeitos espaciais, passando, no final da década de 1960, a criar pintura de imagens com vistas através de um ecrã desfocante.

A obra do artista encontra-se em coleções públicas e privadas nacionais de arte contemporâ­nea, como a da Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação de Serralves, o Centro Cultural de Belém, o Museu do Chiado, entre outras, e internacio­nais, como a Washington Gallery, nos Estados Unidos.

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