“Às vezes, é bom sair da Champions”

Qual é o segredo desta longevidade? Acho que só há uma explicação: eu ali sou eu próprio, não invento muito. Mas para quem chegou para três meses, já é apresentador há mais de 13 anos. Não me considero um apresentador. Caí ali de paraquedas. Até no casting eu fiz palhaçadas, porque achei que nunca seria escolhido. Olha para trás e o que sente? Sinto felicidade, claro. Gosto de ser bem tratado, mas eu também trato bem as pessoas. Sou genuíno. Trato as pessoas por família e por tu. Aquele é o nosso país, é o país real. E aquele é o meu registo. Não sei se é melhor ou pior, é o meu. Faço aquilo à minha maneira. E com um lastro de vitórias que é confortável para si. Já perdi algumas vezes. Como sabe, há uma grande sazonalidade nas audiências de O Preço Certo. Lideramos sempre entre outubro e março, e a partir de março, com a mudança da hora, começamos a perder um pouco. Todos os anos é assim. É por isso que está a perder com Cristina Ferreira? Não sei, eu sou fã dela, gosto muito dela. O concurso da TVI é a novidade, há uma certa frescura. Além disso, a Cristina é muito mais gira do que eu, não posso concorrer com ela. Mas a vida é assim, uma vez ganha-se, outra perde-se. Às vezes é bom sair da Champions, tem de se ir à Liga Europa [risos]. Não está preocupado? Nada. Nem triste nem preocupado. Sinto-me uma pessoa muito acarinhada pelo público e pela RTP. Todas as direções me têm tratado bem. Nunca houve problemas. Nunca. A TVI há muito que o namora. Rosa Cullell chegou a dizer numa entrevista à Notícias TV que gostava de o ter na TVI. Ela é uma querida. Conheci-a recentemente num jantar e agradeci-lhe o que ela disse. Combinámos um jantar. Ela sabe que eu estou bem na RTP. É um jantar de cortesia ou é para fazer a corte? [risos] Não, nada disso. Hei de ir jantar com a Rosa. O mercado é assim. Se um dia tiver de acontecer, acontecerá, mas isso não me passa pela cabeça.