Mendes diz que Leal Coelho deixa Passos em xeque
Para o comentador fica a imagem de uma “solução de último recurso”, apesar da aprovação expressiva na distrital de Lisboa
Teresa Leal Coelho conseguiu 23 votos a favor na distrital de Lisboa do PSD e só um contra
PAULA SÁ Teresa Leal Coelho foi ontem confirmada como a candidata à Câmara de Lisboa pelo PSD por larga maioria na distrital do partido. A vice-presidente social-democrata escolhida por Pedro Passos Coelho para enfrentar o socialista Fernando Medina recebeu 23 votos a favor, dois nulos, dois brancos e só um contra. Ainda assim, o antigo líder do PSD Marques Mendes disse que fica a imagem de que a candidata terá sido “uma solução de último recurso”.
Mendes afirmou na SIC que as eleições autárquicas serão um “passeio” para Fernando Medina, não porque Teresa Leal Coelho não tenha qualidades – é uma pessoa combativa, frontal, com experiência política e até “abre” à esquerda, pelas posições que tem tomado em temas fraturantes, lembrou o comentador –, mas porque o processo de escolha foi “desastroso”.
Com tanta demora, frisou o também conselheiro de Estado, esperava-se Passos tirasse um coelho da cartola. Ao invés, “teve de escolher uma figura do seu círculo político mais íntimo”.
Na sua opinião, com tanto avanço e recuo, fica a imagem de que Teresa Leal Coelho é “uma solução de último recurso”. Com tudo isto, disse o comentador político, “é o próprio Passos Coelho que fica diretamente em xeque”. E porquê? Porque a vice-presidente do PSD e deputada é uma escolha pessoal do líder do partido. “Se tudo correr mal, é o líder, ele próprio, a ser responsabilizado.”
A dúvida que existe neste momento, segundo Mendes, é quem fica em segundo lugar na corrida à Câmara de Lisboa, se o PSD ou o CDS, se Teresa Leal Coelho ou Assunção Cristas. Defesa da candidata Teresa Leal Coelho foi ontem aprovada na reunião da distrital do PSD de Lisboa, tendo conseguido 23 votos a favor, dois nulos, dois brancos e um voto contra, o que levou o presidente da distrital de Lisboa do