Diário de Notícias

Cinco casos de sarampo confirmado­s em Portugal

Quatro casos no Algarve e um no Norte do país. Direção-Geral da Saúde investiga origem da doença e apela à vacinação

- RUTE COELHO

Portugal regista desde o início do ano cinco casos de sarampo, quatro deles no Algarve e um no Norte do país, confirmou ontem a Direção-Geral da Saúde, atualizand­o com mais três doentes o balanço (havia apenas dois confirmado­s no final de março). “Está em investigaç­ão a forma como adquiriram o vírus”, adiantou ao DN o diretor-geral da Saúde (DGS), Francisco George.

“São mais casos do que o esperado. Já se pode falar em surto”, referiu, por sua vez, Teresa Fernandes, da Direção de Serviços de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde da DGS. A responsáve­l confirmou que os últimos quatro casos, todos do Algarve, foram detetados no mês de março e são referentes a três crianças e um adulto.

O único foco de contágio já identifica­do foi o do Norte do país, referente a um bebé de cinco meses que tinha estado na Venezuela. “O caso do Norte do país é importado. Os do Algarve também deverão estar ligados a importação do vírus.”

Um dos casos que já tinha sido noticiado foi o do bebé de 11 meses, no Algarve, que teria sido contagiado por um familiar próximo que vive noutro país da União Europeia que veio a Portugal e que, entretanto, já regressou ao local de origem, como explicara anteriorme­nte a DGS.

A evolução dos doentes está a ser positiva, acrescento­u Teresa Fernandes. As quatro crianças e o adulto não tinham sido vacinados e agora já não serão porque depois de terem a doença deixa de ser necessário. A responsáve­l reiterou a necessidad­e de as crianças e adultos serem vacinados nos prazos previstos do Plano Nacional de Vacinação. “Não deve haver atrasos na vacinação. A primeira dose é aos 12 meses. A segunda é aos 5 anos. E os adultos devem tomar uma dose se nasceram depois de 1970”, referiu.

Só este ano, alertou a Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS), já foram notificado­s mais de 500 casos de sarampo em sete dos 14 países onde a doença ainda existe: França, Alemanha, Polónia, Suíça, Ucrânia, Itália e Roménia.

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