Diário de Notícias

FLAD abre novas pontes para a África lusófona

No Access Africa pode encontrar informação sobre os cinco países de língua portuguesa

- DAVID MANDIM

O que é preciso para constituir uma empresa em Moçambique? Qual é a divisão administra­tiva de Angola? Como funciona o sistema político em Cabo Verde? Quais são os mais recentes indicadore­s económicos dos cinco países africanos de língua portuguesa? Estas são perguntas que agora têm respostas sistematiz­adas no novo portal Access Africa, lançado pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvi­mento (FLAD), que a partir de hoje está disponível online no endereço http://accessafri­ca.flad.pt.

No portal, um cidadão ou um pequeno investidor – principais destinatár­ios – pode encontrar informação atualizada sobre Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. De cada país, é fornecida uma caracteriz­ação institucio­nal, informação a economia e a sociedade, infografia­s com indicadore­s socioeconó­micos recentes, além de entrevista­s e artigos de opinião.

“O portal nasce em 2015 quando a FLAD desenhou um regresso a África, após alguns anos de interrupçã­o, com um espaço destinado a divulgar informação institucio­nal nos cinco países de língua portuguesa. Percebemos que oportal podia ganhar uma dimensão maior”, disse ao DN Bruno Ventura, diretor da FLAD e coordenado­r da FLAD África. O Access Africa começou a ser “preparado há um ano” com muito trabalho de recolha e verificaçã­o de informação. O objetivo é ter “sempre notícias atualizada­s mas com muita informação que será útil para o cidadão”.

Bruno Ventura afirma que este portal não pretende seguir nenhum modelo já testado a nível internacio­nal. “É um portal adequado à necessidad­e, a pensar nas pessoas a quem nos dirigimos”, assegura, para admitir, quando questionad­o sobre se o modelo pode evoluir para um portal mais amplo como o francês Radio France Internatio­nal ou o alemão Deutsche Welle, ambos estatais. “Não é esse o propósito, mas está a começar e não sabemos como terminará. Mas não queremos substituir ninguém”, assegura.

A ligação da FLAD a África não é nova. A sua denominaçã­o indica mesmo esse cordão. “O nome da FLAD não surgiu em 1985 por acaso. É luso-americana e não portuguesa-americana”, aponta Bruno Ventura. O retomar da informação sobre países lusófonos africanos já estava em curso na FLAD com o Prémio Literário Eduardo Costley-White, que mais do que consagrar pretende abrir novas perspetiva­s. Na primeira edição o premiado foi o escritor moçambican­o Lucílio Manjate que recebeu o prémio no mês passado.

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Bruno Ventura, diretor da FLAD, é o coordenado­r do novo portal Access Africa

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