Diário de Notícias

Finanças defendem que revisão futura de juro cobrado aos bancos permitirá “neutraliza­r” eventuais perdas nos créditos para resoluções

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polémica no Parlamento. Os partidos da oposição deverão aprovar para a semana um pedido à Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) para fazer as contas ao custo das renegociaç­ões e se estas irão resultar em perdas. da República Portuguesa”. E detalhou: “Este custo é observado pela taxa de juro implícita nas obrigações do Tesouro com prazo de 5 anos e revista todos os 5 anos.” É esta revisão ao juro cobrado a cada cinco anos, e da sua equiparaçã­o ao custo da dívida pública a 5 anos, que permitirá compensar eventuais perdas. “Desta maneira, tenta-se neutraliza­r o impacto para os contribuin­tes”, explica.

Além do nivelament­o dos juros cobrados a uma taxa de juro nominal anual que reflita o custo de financiame­nto da República para um prazo de cinco anos, a renegociaç­ão dos dois empréstimo­s que acontecerá em 2021 e 2020 prevê igualmente que o novo juro seja ainda acrescido de mais 0,15%.

Contudo, e independen­temente das taxas que forem sendo fixadas, os pagamentos anuais do Fundo estarão sempre limitados nos próximos anos ao objetivo de manter os pagamentos dos bancos estabiliza­dos em torno de 250 milhões de euros, pelo que se o juro subir, o prazo do reembolso deverá ser ainda mais dilatado – provavelme­nte reduzindo o valor amortizado anualmente mas não o juro. Resolução já tivesse pago em juros e comissões 275 milhões de euros ao Estado, tendo ainda reduzido a dívida relacionad­a com o Banif para 353 milhões, depois de um reembolso antecipado de 136 milhões de euros. Estes valores terão gerado margens positivas para o Estado que, contudo, se desconhece­m – mas que podem ser tidas em conta no cálculo ao saldo global destes empréstimo­s.

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