Brexit causa apreensão no setor
A saída do Reino Unido vai representar uma quebra de três mil milhões de euros anuais no orçamento de 80 mil milhões da PAC
IMPACTO internamente e em Bruxelas, que “Portugal tem de lutar para manter o seu orçamento”. Até agora o governo tem relativizado esse impacto para Portugal.
João Machado lembrou muito em particular a responsabilidade da União Europeia e dos Estados Unidos, com políticas agrícolas muito fortes, para que seja possível aos agricultores responderem àquilo para que apontam várias projeções, ou seja, de que vai ser necessário produzir mais para combater o previsível défice alimentar nas próximas décadas. que há países a defenderem alterações no sistema das ajudas à produção, que poderão obrigar a novos ajustamentos para os agricultores portugueses.
Neste contexto, as confederações de agricultores têm à sua frente um longo e árduo caminho de lobby junto das instituições comunitárias .
A esse propósito, o presidente da CAP referiu que é já uma tradição que as confederações de agricultores portuguesas e espanholas trabalhem juntas em Bruxelas em intensa colaboração para a defesa da agricultura dos seus países.
A agroindústria está, de resto, cada vez mais interligada com investimentos cruzados nos dois lados da fronteira, embora com maior presença de empresas espanholas em Portugal, em particular desde que o país passou a contar com Alqueva, o maior lago artificial da Europa como infraestrutura de rega das mais modernas do mundo.