Unidades contratam camas fora para terem alternativa
Opção permite aliviar pressão nos serviços de internamento e dar resposta aos utentes, além de poupar recursos financeiros
No ano passado, por altura da gripe, o Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), que junta os hospitais Santa Maria e PulidoValente, contratou 40 camas a várias instituições sociais para poder dar resposta a vários de utentes com alta clínica mas sem resposta para irem para casa ou para unidades de cuidados continuados para reabilitação. Solução que não abandonaram e que permitiu à unidade poupar 800 mil euros. Também o hospital Amadora-Sintra viu esta como uma solução para aliviar a pressão nos serviços de internamento.
“De 19 de dezembro a 28 de fevereiro registámos uma despesa no valor de cerca de 200 mil euros. Em igual período, e tendo por base os valores da contabilidade analítica, se os doentes estivessem internados no CHLN, essa despesa teria sido de aproximadamente um milhão de euros. Estas camas – cuja taxa de ocupação é de 85% – garantem apoio de enfermagem 24 horas por dia, bem como serviços clínicos e de reabilitação, com qualidade e segurança”, explica ao DN Carlos Martins, presidente da administração do CHLN, referindo que a solução se mantém porque ao hospital continuam a chegar casos muito complexos, de elevadas médias etárias e de questões sociais no plano familiar.
“Importa realçar que a contratualização de camas de retaguarda permite a redução dos custos hospitalares e a sustentabilidade económico-financeira da instituição; uma maior eficiência e inovação