Diário de Notícias

Entrada de Corona foi o fim da resistênci­a do Belenenses

FC Porto volta ao primeiro lugar à condição num jogo em que ganhou com um Brahimi outra vez sumptuoso e controland­o um adversário que não teve uma oportunida­de golo

- MANUEL QUEIROZ

O FC Porto volta a ter mais dois pontos do que o Benfica – pelo menos até o campeão jogar logo em Moreira de Cónegos – depois de bater por 3-0 o Belenenses no Dragão. Já ganhava ao intervalo, golo de Danilo, mas Soares e Brahimi, este de grande penalidade, fizeram o resultado na segunda parte perante mais de 41 mil espectador­es.

Nuno desta vez deixou Corona no banco e jogou naquele 4x3x3 híbrido que tem utilizado muitas vezes, com André Silva e Soares, à vez, a descaírem para as alas (onde apareciam fundamenta­lmente os dois laterais) e com Brahimi encostado à esquerda e tornando-se o grande corredor com a bola. O que era demasiado para o argelino, até porque o Belenenses, compreensi­velmente, concentrav­a ali as suas forças, com Fábio Nunes a ser segundo lateral a ajudar João Diogo. O Belenenses apresentav­a também uma espécie de 4x3x3 com três homens rápidos e de movimento na frente: Fábio Nunes, Camará e Diogo Viana. Os pontas-de-lança (Maurides, Juanto) ficaram no banco.

O FC Porto teve uma primeira parte como costuma: com poucas mas boas oportunida­des e sem conceder nada ao adversário. A segunda não foi muito diferente, só que o Belenenses, a perder, adiantou-se e o FC Porto marcou mais vezes e continuou a não deixar os homens do Restelo ter oportunida­des. A eficácia foi igual, só que quando Quim Machado deu ordens para a equipa se adiantar, os portistas encontrara­m quilómetro­s nas costas de Domingos Duarte e Edgar Ié. A manta era sempre curta. Uma eficácia apesar da ausência de Marcano (castigado) e com um Boly a demorar a estar à vontade no jogo e um Felipe que falhou um golo certo e tem de perceber que muitas vezes é possível ficar com a bola e não atirá-la para fora ou dá-la ao adversário.

O FC Porto teve um período mau no início da segunda parte em que, tal como frente ao V. Setúbal, a ganhar por 1-0, parecia que não sabia se devia procurar o segundo golo ou guardar o que tinha, mas ultrapasso­u isso sem problemas de maior, sem deixar o adversário moralizar-se, e a partir daí jogou e ganhou bem e com qualidade.

Danilo tinha marcado o primeiro matando no peito e fuzilando Cristiano a oito minutos do intervalo, num livre lateral de Brahimi que André Silva conseguiu desviar para o seu médio, enquanto Soares fez o segundo a passe de Corona e Brahimi o terceiro, num penálti que Domingos Duarte cometera sobre ele, falta tão evidente como descuidada. Brahimi foi outra vez a figura da equipa e, durante muito tempo, a única fonte de criativida­de. Quando entrou Corona as coisas melhoraram, porque o mexicano está muito confiante e trouxe coisas diferentes ao jogo. Se frente ao V. Setúbal o FC Porto tinha começado com toda a sua força atacante (André André estava castigado), desta vez Nuno guardou Corona e as coisas correram melhor – foi com ele que o FC Porto conseguiu acabar com a resistênci­a belenense, sempre organizada mas que não conseguiu criar uma oportunida­de de golo.

 ??  ?? André Silva e Boly em luta com Edgar Ié, um despique desigual. Foi assim em todo o jogo a favor dos azuis da Invicta
André Silva e Boly em luta com Edgar Ié, um despique desigual. Foi assim em todo o jogo a favor dos azuis da Invicta

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