Diário de Notícias

Cortes na despesa foram mais longe do que o prometido em Bruxelas

Governo tinha 447 milhões de euros para a reposição dos salários, mas só gastou 338 milhões, diz Conselho das Finanças Públicas. O congelamen­to de despesa também foi muito mais pronunciad­o do que em 2015

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ORÇAMENTO 2016

LUÍS REIS RIBEIRO em 2016 ficaram bastante acima da média registada nos últimos dois anos (544 milhões)”.

“Adicionand­o a poupança decorrente da gestão das cativações (487 milhões de euros ou 0,3% do PIB) à já referida poupança parcial da dotação que estava destinada ao financiame­nto da reversão remunerató­ria (109 milhões de euros), conclui-se que a gestão dos referidos instrument­os de controlo orçamental teve um impacto favorável no saldo orçamental das Administra­ções Públicas, tanto em contabilid­ade pública como em contas nacionais, na ordem dos 591 milhões de euros”.

O CFP congratula-se porque “em 2016 o maior contributo para a diminuição do défice veio do lado da despesa, ao contrário do previsto na generalida­de dos documentos de programaçã­o orçamental”.

Além da gestão apertada das cativações, o governo beneficiou ainda de “desvios favoráveis nos juros (-653 milhões de euros)”. E no investimen­to público (FBCF), rubrica que apresentou o valor mais baixo da série em termos absolutos e em rácio do PIB. O governo investiu menos 797 milhões face ao que estava no OE 2016.

Já dotação provisiona­l foi toda consumida (como, aliás, fazem todos os governos, todos os anos) e gastou-se quase metade da chamada reserva orçamental (uma cativação especial).

O défice final de 2016 (em contabilid­ade nacional) ficou em 2,1% do PIB, como já foi anunciado pelo Instituto Nacional de Estatístic­a.

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