Pharol dá OK a novos acionistas na Oi, mas só depois da recuperação
Eventual entrada de acionistas no âmbito de recuperação judicial da Oi ainda não foi decidido pela administração da operadora brasileira
“Não há hipótese de que os credores e acionistas não consigam chegar a um acordo. Vamos viabilizar o diálogo em busca de uma equação possível que destrave o processo”, diz Marco Schroeder. O CEO não avançou valores para a capitalização, mas segundo a Valor Econômico, poderá ser entre os 2 e os 3 mil milhões de dólares, ou seja, entre 1,8 e 2,8 mil milhões de euros, montantes que coincidem com os declarados pelos interessados na Oi, segundo a publicação económica brasileira.
Mas negociar uma entrada de acionista no âmbito do plano de recuperação da Oi, não está previsto no plano aprovado a 22 de março pelo conselho de administração. Proposta que não agradou nem a obrigacionistas institucionais nem aos bancos credores, que consideram que o plano desenhado pela Oi, que previa por exemplo a entrega de até 25% do capital em troca de dívida, é pouco generoso.
A Oi já veio esclarecer o mercado de que “não foi tomada qualquer decisão com relação a outros possíveis ajustes ao plano de recuperação judicial” aprovado pelo conselho. Mas, admite a operadora brasileira, “continua a manter conversas com credores, potenciais investidores e demais stakeholders com relação ao seu plano de recuperação judicial e às condições básicas de ajustes aprovadas pelo conselho de administração da companhia a 22 de março de 2017, sendo uma das sugestões abordadas nessas conversas uma eventual capitalização da companhia mediante conversão de dívida ou aporte de recursos”.