Diário de Notícias

Golo de Soares em Braga não evitou que Porto perdesse 2 pontos

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O FC Porto empatou ontem 1-1 em Braga e deixou o Benfica mais isolado na frente do campeonato, agora com três pontos de vantagem – ou seja, pode até empatar em Alvalade, na próxima jornada, que ficará à frente. Num jogo com arbitragem polémica de Hugo Miguel, o FC Porto fez uma boa segunda parte depois de ter estado a perder, mas não chegou para a equipa de Nuno Espírito Santo se manter colada ao rival da Luz. Já o Sp. Braga está agora em quinto, a dois pontos doVitória de Guimarães.

Os bracarense­s fizeram uma boa primeira parte, na mesma linha em que o FC Porto jogou mal. Um cartão amarelo à primeira falta do jogo, a Felipe, anunciava um critério estrito, mas afinal não houve disso. Só na primeira parte o Braga fez 17 faltas – acabou 31-21, mas foram mais penalizado­s os portistas, com três amarelos (contra quatro, é facto) mas ainda com a expulsão de Brahimi, já no banco, depois de uma jogada polémica em que Hugo Miguel assinalou simulação a Soares que não existiu.

O FC Porto entrou muito mal, inseguro e logo aos 6 minutos Pedro Santos, um dos jogadores mais baixos em campo, elevou-se na área para cabecear a bola bem cruzada da linha por Cartabia e fez golo – um dos mais baixos em campo a marcar de cabeça, frise-se...

A equipa da casa partiu para um primeiro tempo em que foi superior, porque foi a única que teve oportunida­des de golo. Além do golo, teve um castigo máximo que o mesmo Pedro Santos desperdiço­u, atirando ao poste – boa decisão de Hugo Miguel aqui, porque Óliver, outra vez a jogar mal, deu mão na área com alguma falta de atenção.

O FC Porto defendia mal, estava sempre em situação negativa, porque só tinha Brahimi como fonte de jogo, e a defesa do Braga, reforçada, chegava para as encomendas, mais que não fosse em falta.

Corona ficou no banco e André Silva e Soares falharam muitas vezes receções fáceis, ou passes, e não conseguiam ganhar os duelos. Brahimi era bem marcado, o resto da equipa não dava grande coisa ao jogo. O Sp. Braga era muito agressivo, fazia faltas sempre (Pedro Santos fez seguidas em três minutos e passou incólume). E os portistas pediram penálti, não sem alguma razão, porque Ricardo Ferreira chega ligeiramen­te tarde e não toca na bola, parecendo só tocar em Soares. Nos primeiros 45 minutos, não tinha havido oportunida­des de golo, para além do próprio golo e do penálti.

A segunda parte foi do FC Porto, o Sp. Braga fez apenas um remate e de fora da área, aos 69’, mas os portistas só foram muito melhores depois da entrada de Corona para o lugar de Óliver (55’), um pouco tarde para aquilo que o espanhol fez outra vez. O empate surgiu logo a seguir por Soares, de cabeça, num canto de Alex Telles, mas apesar do intenso domínio o FC Porto não chegou lá.

Muitos cantos (7-1), muitos remates (14-4), algumas oportunida­des (Brahimi e Danilo, de cabeça, falharam golos que eram fáceis, sobretudo o segundo, no seguimento de um livre bem executado).

O Sp. Braga defendia muito, mas foi algo ajudado pelo árbitro, que permitiu quase tudo aos seus jogadores, muitas vezes com critério mais do que duvidoso. Com os extremos Cartabia e Pedro Santos muito em jogo e a defenderem de forma agressivís­sima, com Battaglia em bom plano e Vukcevic certo, tinha ainda o jovem Gamboa, que lutou muito. A segunda parte foi só a defender, mas foi o que se arranjou perante a pressão contrária. Com tantas faltas (relembro, mais de 30 só da equipa da casa), Hugo Miguel deu apenas quatro minutos de desconto, não defendendo o jogo outra vez.

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