Mónaco de Jardim passa à meia-final. Juventus deixa Barcelona de fora
O treinador português colocou o clube do principado nas meias-finais da prova milionária pela quarta vez. Monegascos já marcaram 141 golos nesta época e lutam por três títulos
Leonardo Jardim liderou ontem o seu Mónaco às meias-finais da Liga dos Campeões, pela quarta vez no historial do clube, ao voltar a vencer o Borussia Dortmund, agora em casa, por 3-1.
O treinador português repete assim os feitos alcançados por Arsène Wenger (1993-94), Jean Tigana (1997-98) e Didier Deschamps (2003-04), tendo este último levado os monegascos à final, que seria perdida para o FC Porto de José Mourinho. Leonardo Jardim persegue a melhor época de sempre do clube do principado, uma vez que se encontra na liderança da Liga francesa e nas meias-finais da Taça de França e da Champions.
Uma época de sonho traduzida nos 141 golos marcados em todas as competições, três dos quais ontem à noite no Estádio Louis II. Os dois primeiros tiveram a assinatura da dupla letal dos monegascos, com o miúdo Kylian Mbappé, de apenas 18 anos, a abrir o marcador e o colombiano Radamel Falcão a aumentar a vantagem. Os dois juntos somam 12 dos 28 golos apontados pela equipa de Jardim nesta edição da Liga dos Campeões, que se iniciou em julho porque teve de disputar pré-eliminatórias com o Fenerbahçe e o Villarreal. Ou seja, o Mónaco é a equipa que há mais tempo está em competição nesta prova. Já leva 54 jogos disputados nesta temporada e pode chegar às 64 partidas, se alcançar as finais da Champions e da Taça de França.
Com 2-0 ao intervalo, o Mónaco, que contou com os portugueses João Moutinho e Bernardo Silva como titulares, tinha a eliminatória na mão, uma vez que no conjunto das duas mãos vencia por 5-2. O jogo foi frenético e o Borussia Dortmund tentou tudo para virar as coisas a seu favor na segunda parte. O golo de Marco Reus logo aos 48 minutos fez crescer a esperança dos alemães, que ontem voltaram a chegar tarde ao estádio devido a medidas de segurança, depois do atentado de que foram alvo na semana passada. Desta vez, a polícia decidiu atrasar a partida do hotel e, como tal, o jogo começou cinco minutos após a hora prevista.
Mas que a fé do Borussia Dortmund de Thomas Tuchel foi-se desvanecendo com o passar dos minutos face às oportunidades desperdiçadas pela sua equipa, mas também às constantes ameaças de Bernardo Silva, Falcao e companhia. O golpe de misericórdia acabou por surgir aos 81 minutos, quandoValére Germain, na primeira vez que tocou na bola após entrar a substituir Mbappé – o jogador mais jovem de sempre a marcar cinco golos na Champions –, fez o terceiro golo e encerrou definitivamente as contas da eliminatória. A festa rebentou no principado após o apito final do árbitro Damir Skomina, afinal há sete anos que uma equipa francesa não chegava às meias-finais da Champions. Barça falha milagre frente à Juve O Barcelona não foi capaz de ultrapassar a defesa da Juventus uma única vez e o milagre da reviravolta na eliminatória tornou-se impossível. É certo que a equipa de Luis Enrique – que ontem fez o último jogo na Champions pelo Barça – tentou tudo para recuperar da desvantagem de 0-3 trazida de Turim. Só que a Juventus estava avisada para os perigos, pois na ronda anterior o Paris Saint-Germain perdera uma vantagem de quatro golos devido a uma goleada de 6-1.
Desta vez, Messi esteve em noite de desacerto, algo que costuma ser determinante para os catalães, que foram sempre eliminados nos quartos-de-final sempre que a estrela argentina não conseguiu bater o guarda-redes adversário.
A Juventus mostrou ser uma equipa sólida, como o prova o facto de apenas ter sofrido dois golos em dez jogos da Liga dos Campeões nesta época... é obra!
No sorteio da próxima sexta-feira, ao meio-dia, Real Madrid, Atlético de Madrid, Juventus e Mónaco vão ficar a conhecer o último obstáculo antes da final.