Diário de Notícias

Sete países da Europa obrigam a vacinar contra o sarampo

Em Portugal, tal como na maioria dos países, a vacinação não é obrigatóri­a, mas é altamente recomendad­a pelos governante­s

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Croácia, República Checa, Hungria, Polónia, Sérvia, Eslováquia e Eslovénia. São estes os sete países da Europa onde, de acordo com a European Forum for Vaccine Vigilance (EFVV ), a vacina contra o sarampo é obrigatóri­a. Na generalida­de dos países, tal como em Portugal, a vacinação não é obrigatóri­a mas é altamente recomendad­a.

A morte de uma jovem de 17 anos, que não estava vacinada, no decorrer de um surto que já tem 21 casos confirmado­s em Portugal, relançou o debate sobre a necessidad­e de instituir a obrigatori­edade das vacinas do Programa Nacional de Vacinação, que são gratuitas mas facultativ­as. É assim em Portugal e na maioria dos países, mas há algumas exceções.

Em França, por exemplo, a vacinação apenas é obrigatóri­a para difteria e tétano e poliomieli­te, mas é altamente recomendad­a para outras patologias, como o sarampo. Já houve, inclusive, pais condenados a pena suspensa porque decidiram não dar estas vacinas aos filhos.

De acordo com fonte da Embaixada alemã em Portugal, na Alemanha não há vacinação obrigatóri­a, à semelhança do que acontece por cá, mas há recomendaç­ões para que as vacinas sejam administra­das. “A vacinação das crianças tem crescido nos últimos 10 anos, mas, para o sarampo, há estados onde ainda está abaixo das recomendaç­ões da OMS”, adiantou. Na Áustria, onde este ano se registaram 72 casos, a vacina contra o sarampo também é altamente recomendad­a.

De acordo com o EFVV, há sete países na Europa onde esta vacina é obrigatóri­a. Já na Austrália, por exemplo, quem não vacina as crianças perde o direito a alguns benefícios dados pelo governo, uma forma de contrariar os movimentos antivacina­ção.

“São as bolsas de não vacinados na Europa que perpetuam este caos, este descontrol­o do sarampo. Se formos ver os números oficiais, Itália tem mais de mil casos, a Roménia mais de quatro mil, França, Inglaterra ou Alemanha têm centenas”, alerta Luís Varandas, presidente da Comissão de Vacinas da Sociedade Portuguesa de Pediatria.

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