“Não adianta olharmos para o vizinho se não tratarmos da nossa casa”
Helton faz um misto de alerta para o que falta e de crítica para os pontos perdidos pelo FC Porto frente ao Feirense e ao V. Setúbal
Sete vezes campeão nacional pelo FC Porto, Helton sabe melhor do que ninguém o que a equipa que representou de 2005 a 2016 tem de fazer para anular os três pontos de desvantagem para o Benfica e se sagrar campeã nacional.
Ao DN, o guarda-redes lembra a temporada 2012-2013, a do último título portista, que só foi possível graças ao pontapé de Kelvin. E a verdade é que os azuis e brancos a quatro jornadas do fim tinham menos quatro pontos do que o Benfica. Agora, a diferença é de três pontos, mas sem haver qualquer confronto entre os dois primeiros até ao final.
Helton explica o que o conjunto liderado por Nuno precisa de fazer para que a festa regresse aos Aliados quatro anos depois. “Não adianta olharmos para o vizinho se não tratarmos da nossa casa. Não posso contar com o resultado de ninguém se não tenho o meu concretizado [em 2012-2013]. Acreditámos sempre em nós, fizemos sempre por nós. Não perdemos um ponto, estivemos sempre na luta, até que nos deram a oportunidade de reverter a situação. Se não tivéssemos feito o nosso trabalho, talvez não tivéssemos tido a oportunidade de fazer a reviravolta. Isso para mim é o mais importante”, diz Helton num misto de alerta para o que falta e de crítica para os empates do FC Porto diante deV. Setúbal e Feirense em jornadas sem vitórias do Benfica.
E continua: “Acredito que quem quer vencer tem de lutar até ao último momento, até à última oportunidade. Se isso [o FC Porto ser campeão] se vai concretizar ou não... Toda a pessoa que quer um objetivo maior tem de fazer por isso. Que lutem até ao último minuto”, pede Helton, que não deixa dúvidas quando lhe perguntamos se em 2012-2013 o grupo sempre acreditou na recuperação: “Claro, com certeza.” A finalizar, o internacional brasileiro explica o segredo do último campeonato ganho pelo FC Porto. “Tivemos dois momentos nessa época a cinco e a quatro pontos e depois conseguimos reverter. Primeiro, o grupo tem de entender a importância de se manter concentrado, focado no objetivo final que é ser campeão. As forças vêm do trabalho diário da entreajuda, não só em campo mas também no balneário, antes dos treinos e dos jogos. Vem daí essa força, o respeito e o compromisso.”