Sharapova volta aos courts sob chuva de críticas
Russa joga hoje em Estugarda, após 15 meses de suspensão. Rivais criticam convites
A russa não é consensual, mas hoje terá todas as atenções
BRUNO PIRES Quando entrar hoje no court, pelas 17.30, Maria Sharapova coloca um ponto final em 15 meses de suspensão por ter acusado meldonium – uma substância proibida pela Agência Mundial Antidopagem – no Open da Austrália do ano passado.
Mas a polémica está instalada, porque algumas tenistas mostram-se incomodadas, ou mesmo revoltadas, por Sharapova ter tido direito a wildcards, que mais não são do que convites feitos pela organização de cada torneio. Hoje joga em Estugarda e também já sabe que estará em Madrid e em Roma sem necessitar de galgar lugares no ranking para ter acesso a disputar esses torneios.
“Não concordo com o wildcard aqui, em Roma ou em qualquer outro torneio. Ela cometeu erros, pagou por isso e pode voltar a jogar. Mas sem convites”, criticou a italiana Roberta Vinci, a adversária de Sharapova hoje em Estugarda, que até parece ter a sua opositora em boa conta. “Não tenho nada contra ela, é uma grande campeã, uma boa pessoa, mas acho que ela não merece wildcards. Ao receber esta ajuda em dois ou três torneios poderá estar no top 30, e não sei se isso é muito justo”, disse a ex-top 10 mundial, a viver uma temporada pouco vencedora. Para se perceber a dimensão da polémica até o número um mundial Andy Murray já disse que “quem acusa doping não deve receber wildcards”. E esta afirmação é usada pela polaca Agnieszka Radwanska: “Penso o mesmo que Andy Murray. Os wildcards deviam estar disponíveis apenas para quem perdeu posições no ranking devido a lesão, doença ou acidente. Não para aqueles que foram suspensos por doping. Maria Sharapova deveria reconstruir sua carreira de uma maneira diferente, começando com torneios menores.”
A número dois mundial, a alemã Angelique Kerber, que vê Maria Sharapova regressar à competição no seu país, também não se mostra muito recetiva à ideia de ver a russa a competir em Estugarda. “Ela poder começar a jogar num torneio assim... é um esquisito para as outras jogadoras. Sendo um torneio alemão, há jogadoras alemãs que deveriam receber o convite”, sublinhou Angelique Kerber.
Fica agora por saber que tipo de wildcard Maria Sharapova vai receber para Roland-Garros, muito embora todas estas opiniões devam levar o torneio a dar-lhe o convite apenas para as qualificações.
Enquanto isso, e na preparação do encontro desta tarde, Maria Sharapova viveu uma sensação diferente, ao ter de pagar um campo para treinar e sem transporte concedido pela organização. É assim a vida de uma tenista... sem ranking oficial.
Ofuturo começa já hoje, dia 26 de abril, com a terceira edição do The Future of Football e com ela a afirmação de que o Sporting Clube de Portugal, mais uma vez, faz questão de trazer à discussão os temas mais prementes do futebol moderno e assim, novamente, contribuir decididamente para o avanço da modalidade.
As mais altas personalidades, provenientes dos quatro cantos do mundo, reúnem-se no Estádio José Alvalade, em Lisboa, para discutir o que é o treino de excelência, as escolas academia enquanto estratégia de expansão da marca, o que é a gestão de topo num clube e para lançar o futuro no que respeita às migrações de jogadores, à integridade e ética no desporto, à arbitragem e aos próximos grande temas futebolísticos. Este congresso, com uma matriz assumidamente internacional, vai ser um ponto de encontro de estrelas, de pensadores, de entusiastas e de profissionais do mundo do futebol.
Fernando Santos, distinguido pela FIFA como um dos três melhores treinadores do mundo da atualidade, virá falar da sua estratégia para, depois de alcançado tamanho sucesso com o triunfo no Campeonato da Europa, embalar a seleção nacional para as próximas grandes conquistas. Luís Figo, nome incontornável do universo sportinguista, voltará a casa para testemunhar, com recurso à sua fantástica experiência, sobre o que faz a diferença no treino e num treinador de futebol. O mesmo motivo traz Francisco “Pacho” Maturana e Jorge Jesus a este painel sobre coaching. Maturana, dentista de profissão, ganhou tudo o que havia para ganhar enquanto técnico de futebol, desde uma Copa Libertadores com o Atlético Nacional a uma Copa América com a seleção da Colômbia. Com quase 50 anos de carreira, será seguramente interessante ouvir o que este senhor