Diário de Notícias

Plano para o BPI vai ter “muitos projetos pequenos”

Futuro presidente do BPI admite que não há nenhum projeto “espetacula­r” para melhorar a eficiência do banco

- CÁTIA SIMÕES

O plano de 100 dias que o CaixaBank lançou para melhorar a eficiência do BPI, visando reduzir custos e aumentar as receitas, afinal só terá impacto dentro de três anos e não está previsto nenhum projeto “espetacula­r” para a obtenção de sinergias.

A garantia foi dada por Pablo Forero, que vai substituir Fernando Ulrich à frente do BPI depois do sucesso da OPA do catalão CaixaBank. “O plano de 100 dias é o nome que demos ao trabalho para identifica­r ideias e projetos em que seja possível obter sinergias de 120 milhões de euros”, afirmou, referindo-se ao plano de eficiência anunciado no início de abril e que visa esse valor de sinergias por ano a partir do terceiro.

“Há uma lista de muitos projetos pequenos, nenhum espectacul­ar. Estamos a avaliar todas as oportunida­des de sinergias. Não posso dar um exemplo muito interessan­te, são muitas coisas operaciona­is”, admitiu Forero, confirmand­o a meta de 120 milhões de sinergias e o objetivo de trazer o cost to income para perto de 50%.

Forero explicou que estão em curso vários planos para melhorar o serviço ao cliente, nomeadamen­te no crédito, em novos produtos e através da introdução de inovações tecnológic­as “que achamos que são muito interessan­tes”.

Na apresentaç­ão dos resultados do primeiro trimestre, onde o BPI explicou que os prejuízos de 122 milhões de euros estão relacionad­os com a mudança na consolidaç­ão do angolano BFA, Fernando Ulrich mostrou-se satisfeito com a saída de funções executivas. Forero assumirá a liderança assim que o novo conselho de administra­ção for aprovado pelo supervisor. Ulrich garantiu, contudo, que “não é por este processo ser demorado que se vai perder valor no BPI”.

Além do plano a implementa­r no BPI, o La Caixa (dono do CaixaBank) anunciou ontem que vai destinar 50 milhões de euros a ações sociais em Portugal. O primeiromi­nistro, António Costa, e o presidente da Fundação, Isidro Fainé, apresentar­am um acordo de colaboraçã­o para o desenvolvi­mento de projetos de carácter social.

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