Governo trata como “ataque” explosão que feriu ex-PM
Lucas Papademos, que chefiou o executivo grego em 2011 e 2012, lia o correio no carro quando um envelope explodiu
GRÉCIA O porta-voz do governo grego definiu ontem como um “ataque” a explosão que provocou ferimentos no ex-primeiro-ministro Lucas Papademos e em duas outras pessoas. Dimitris Tzanakopoulos referiu que na sequência do ataque foi informado pelos médicos do hospital Evangelismos do estado dos três feridos, que permanecem “em condição estável, conscientes e a realizar todos os exames médicos necessários”.
No entanto, a agência noticiosa estatal ANA referiu que o ex-chefe de governo estava a ser submetido a uma operação cirúrgica devido a feridas no abdómen e nas pernas. Em declarações à edição em inglês do
o governador do Banco da Grécia denunciou um “ataque cobarde” contra Papademos. Tzanakopoulos também condenou “inequivocamente” o incidente.
A televisão estatal ERT também referiu que Papademos sofria de problemas respiratórios, mas está fora de perigo. “Estamos chocados. Quero condenar este ato hediondo”, disse em declarações à ERT o ministro da Comunicação social, Nikos Pappas.
Papademos, de 69 anos, ocupou o cargo de primeiro-ministro durante seis meses em 2011 e 2012, num governo de coligação. No auge da crise financeira grega, também ocupou o cargo de vice-governador do Banco Central Europeu.
Ainda segundo a ERT, Papademos estava a ler o correio pessoal no interior do seu carro blindado quando explodiu uma carta armadilhada, que também feriu dois guarda-costas. Ao fim do dia, o ataque ainda não tinha sido reivindicado.