Diário de Notícias

“O Correio da Manhã ou o jornalismo como álibi do crime”

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Ao abrigo da Lei de Imprensa n.º 2/99, de 13 de janeiro, artigos 24.º, 25.º e 26.º, o DN recebeu do diretor do jornal Correio da Manhã, Octávio Ribeiro, o seguinte Direito de Resposta a um artigo de opinião da jornalista Fernanda Câncio, com o título “O Correio da Manhã ou o jornalismo como álibi do crime”, publicado a 22 de maio de 2017 e que aqui reproduzim­os:

No “Correio da Manhã” respeita-se a liberdade de expressão, e não é o facto de a jornalista em questão, ter – mais uma vez – atacado este jornal e a CMTV, que nos leva a dirigir a Vexa.

A razão é que, o artigo em questão contém falsidades, que obviamente afetam os pressupost­os da exibição do vídeo em questão e, por arrastamen­to, são de molde a afetar a reputação desta casa.

Em primeiro lugar, esclarece-se que nunca o vídeo esteve on-line, nas plataforma­s do CM e da CMTV, com os rostos dos intervenie­ntes nítidos; apareceram, sempre desfocados.

Em segundo lugar, nunca a direção do CM e da CMTV, qualificar­am a exibição do vídeo, como “jornalismo do melhor”; quem define se o é ou não, são obviamente os leitores e telespetad­ores, que têm elegido o Correio da Manhã e a CMTV, como os líderes do respetivo mercado.

Para total esclarecim­ento dos leitores do jornal que Vexa dirige, refira-se que os jornalista­s do Correio da Manhã que se constituír­am assistente­s no processo da “Operação Marquês” requereram ao Ministério Público que constituís­se a jornalista Fernanda Câncio, como arguida no mesmo, o que, até agora, não foi aceite.

Ainda, a jornalista em questão, tem intentado ações contra publicaçõe­s da Cofina e outros grupos editoriais, no sentido de, por via judicial, estes órgãos serem proibidos de referir um pretérito relacionam­ento sentimenta­l com uma figura pública; até agora, essas ações não têm tido qualquer acolhiment­o. Julgamos que estas precisões são úteis para que os leitores entendam as motivações de quem escreve.

Aproveitam­os para apresentar a Vexa os protestos da mais elevada consideraç­ão, cientes de que não precisará de outros formalismo­s para nos dar eco nas suas páginas. NOTA DA AUTORA: 1. No texto referido, “O Correio da Manhã ou o jornalismo como álibi do crime”, escrevi: “Quando o vídeo foi colocado no site todos os rostos estavam nítidos à exceção do da rapariga em causa – e mesmo essa seria identifica­da por quem a conhecesse. Só mais tarde as imagens foram tratadas, desfocando por completo os intervenie­ntes.” O mesmo afirmou Luís Pedro Nunes, a 20 de maio, no Eixo do Mal, da SIC Notícias.

2. A direção do CM, em nota editorial de 17 de maio, defendeu a publicação do vídeo qualifican­do essa divulgação como “notícia”; a 21 de maio, em rodapé de uma coluna de opinião no CM (na qual o autor repudia “este tipo de conteúdos, que em nada valorizam a missão do jornalismo”), escreveu: “A direção do CM discorda frontalmen­te da linha de pensamento que enforma o texto acima.”

3. Tenho dois processos a correr nos tribunais contra CM, CMTV e outros títulos da Cofina. Fiz-lhes referência, em nota, na versão digital do texto que esteve disponível a partir das zero horas de segunda-feira 22.

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