BE questiona governo sobre nomeações para a TAP
POLÉMICA Bloco quer saber os critérios que levaram à nomeação de Diogo Lacerda Machado. Advogado diz que aceitou convite e que espera ser útil
O BE questionou ontem o governo sobre quais os critérios que determinaram as nomeações, em nome do Estado, para o Conselho de Administração da TAP, e como explica que apenas um tenha experiência no setor do transporte aéreo. O governo nomeou o advogado Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa, e Ana Pinho, presidente do conselho de administração da Fundação de Serralves e administradora da Oporto British School.
A nomeação do advogado já foi também criticada pelo PSD e CDS. O governo argumenta com o facto de o advogado ter dados provas. Diogo Lacerda confirmou que aceitou o convite e disse ter “muito orgulho no que fiz e espero continuar a ser útil na TAP”. Numa pergunta dirigida ao Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, o deputado Heitor de Sousa questiona ainda qual o entendimento que o governo tem sobre a possibilidade de, “no futuro próximo, todos os membros que venham a ser nomeados para os conselhos de administração das empresas do setor empresarial do Estado ou de empresas mistas onde o Estado tem uma posição dominante, venham a ser previamente escrutinados pela Assembleia da República”. No documento, o BE pede explicações também sobre o facto de “apenas um entre seis dos membros” nomeados para o Conselho de Administração –António Menezes – apresentar experiência profissional no setor do transporte aéreo e “em que critérios fundamenta o governo as escolhas anunciadas sobre os novos membros do Conselho de Administração da TAP”.