Diário de Notícias

“As equipas começaram a desvaloriz­ar a competição, uns não levavam os melhores, que também pediam para ficar de fora”

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derem marcar presença – Portugal estará representa­do pelos melhores, mas por exemplo a Alemanha terá sete estreantes entre os convocados.

“É uma competição que acaba por não permitir descanso aos jogadores. É no intervalo de duas grandes provas, um Europeu e um Mundial. Um jogador que vença uma dessas competiçõe­s tem depois um ano ao mais alto nível no seu clube e depois no verão seguinte tem a Taça das Confederaç­ões. É muito duro, as coisas têm de ser mais bem analisadas. Há jogadores que começam a trabalhar no início de julho e só param um ano depois, sem qualquer tipo de descanso”, disse, abordando, por exemplo, as escolhas de Joachim Löw, selecionad­or da Alemanha, que optou por levar segundas escolhas para esta competição que arranca este sábado na Rússia.

“Claro que entendo. Como disse, há muitos jogadores desgastado­s. O selecionad­or da Alemanha provavelme­nte optou por levar futebolist­as com menos minutos e ao mesmo tempo pode testar novos valores numa competição FIFA. Aliás, penso que neste momento esta competição servirá mais este tipo de testes”, analisou.

Outra das críticas a esta prova são os prémios atribuídos pela FIFA às respetivas seleções. Cada formação tem direito a 1,5 milhões de euros por participaç­ão e caso vençam a prova encaixam mais 3,6 milhões. Muito diferente dos mais de 22 milhões que a Alemanha recebeu na última edição do Campeonato do Mundo quando se sagrou campeã.

Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), também já confessou que a Taça das Confederaç­ões irá “dar prejuízo” à federação portuguesa, apesar de assumir que a equipa das quinas estará na Rússia para ganhar. Léo, ex-internacio­nal brasileiro, entende as palavras do dirigente português.

“São competiçõe­s [Mundial e Taça das Confederaç­ões] que não se podem comparar, mas são números muito diferentes, claro. É normal que as federações não vejam esta prova como um Mundial ou um Europeu. É claro que se ganharem podem dizer outra coisa, mas entendo as críticas que existem”, disse o antigo defesa, que vê em Portugal um sério candidato a vencer este troféu.

“Sim, claro. Portugal tem uma grande equipa, grandes jogadores e penso que vai levar a melhor equipa, não é? Então é um claro favorito, a Alemanha não leva os melhores, Portugal tem Cristiano Ronaldo, um vencedor nato, que quer sempre mais, e ele mais do que ninguém pode motivar os seus colegas. Desejo muita sorte a Portugal, acredito que podem vencer este ano depois do Europeu do ano passado”, salientou.

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