“O modelo pode e deve ser alargado”
Qual é o objetivo dos projetos educativos inovadores? É proporcionar condições para melhorar a aprendizagem dos alunos. A Fundação Calouste Gulbenkian, nas suas intervenções educativas, apoia ou promove projetos que têm de ser executados pelas próprias escolas e que, respondendo aos requisitos e objetivos definidos pela Fundação – melhoria da aprendizagem, promoção da equidade educativa, envolvimento da comunidade, etc. –, devem ser definidos pela própria escola. Só assim se pode assegurar que os projetos, se alcançarem os seus objetivos, têm continuidade. As tecnologias são essenciais? As tecnologias têm de ser encaradas como instrumentais neste tipo de projetos educativos. A sua adequada utilização implica uma forte formação dos professores para perceberem com rigor as potencialidades educativas – e hoje as tecnologias educativas são um instrumento cada vez mais poderoso ao serviço do processo educativo – das novas tecnologias e decidirem como e quando as utilizar. O sistema tem de se atualizar? O sistema de ensino, entendido como o diversificado conjunto de todas as escolas do país, tem de proporcionar condições para que as escolas se modernizem e atualizem nos processos de ensino e aprendizagem, de modo a responderem de forma cada vez mais eficaz às diferenciadas necessidades de aprendizagem de todos os seus alunos, numa lógica de inclusão. Pode alargar-se a todas as escolas? O modelo pode e deve ser alargado às outras escolas. A forma prática de o concretizar tem necessariamente de ser diferenciado de escola para escola e até, por vezes, de turma para turma, de acordo com as diferentes realidades e que exigem diferentes soluções para alcançar a melhoria do ensino e da aprendizagem. A flexibilidade é, por isso, uma importante característica deste modelo, como também o é a aposta na formação integral dos alunos, não desprezando nenhuma das áreas educativas.