Diário de Notícias

Território­s palestinia­nos

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CISJORDÂNI­A 1 .Crianças palestinia­nas na cidade de Khan Younis, situada no sul de Gaza, assistem ao funeral de Fadi al-Najar, morto durante confrontos com soldados israelitas 2. Pacientes aguardam por assistênci­a médica no hospital Shifa, o maior na faixa de Gaza 3. Rua Qatar, em Khan Younis. Projeto urbanístic­o financiado pelo Qatar ver-se numa situação ainda mais precária. “É possível que o Hamas seja o grande derrotado daquilo que se passa no Qatar”, afirma Ashraf Abouelhoul, jornalista do egípcio Al-Ahram, à Reuters.

Yahya Sinwar, eleito em fevereiro como o novo líder do Hamas em Gaza, esteve no Egito no início de junho para discutir a situação humana e outras questões políticas. Pouco se sabe do conteúdo das conversas que terá tido no Cairo, mas o país liderado pelo presidente Al-Sisi pretende que o Hamas corte relações com a Irmandade Muçulmana, vista como um grupo terrorista, e que adote uma posição mais moderada.

Em 2006, depois da retirada unilateral de Israel da Faixa de Gaza, o Hamas derrotou nas urnas os rivais da Fatah, de Abbas. A tensão entre as duas forças palestinia­nas resultou na batalha de junho do ano seguinte. Desde então, Gaza tem estado sob o domínio do Hamas, que defende a criação de um estado islâmico na Palestina, incluindo o território que hoje é Israel.

“É óbvio que a única resposta racional se de facto estivéssem­os preocupado­s com a paz seria dialogar com o Hamas numa tentativa de que moderassem as suas posições. De outra forma, não terão incentivo para ir mais longe” e os radicais em Gaza vão ganhar, explica, num artigo publicado no The Guardian,a jornalista Sarah Helm, especializ­ada em temas do Médio Oriente. Mas isso, defende a mesma repórter, não agradaria ao primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, “que não tem desejo de mudar a situação”. Até que soprem ventos de paz, Gaza continuará enfaixada numa espiral de conflitos. E de sofrimento para quem lá vive.

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