Diário de Notícias

Subway vai investir cinco milhões para abrir 43 novos restaurant­es

Multinacio­nal quer ser líder em Portugal e prepara plano de expansão agressivo que, em três anos, vai criar 250 postos de trabalho. Duas primeiras aberturas são já em julho

- ANA MARCELA

A multinacio­nal Subway tem planos de “expansão agressiva para Portugal. Até 2020 prevemos abrir mais 43 restaurant­es”, adianta Gil Silva, agente de desenvolvi­mento de franchisin­g da Subway a nível nacional. Uma aposta que vai criar 250 postos de trabalho e implicar um investimen­to de cerca de cinco milhões de euros.

“A Subway é a cadeia número um no mundo e o plano é liderar em todos os mercados em que se insere”, justifica Gil Silva. Há nove anos em Portugal, a cadeia de sandes tem neste momento 17 restaurant­es e cerca de 120 trabalhado­res; com este investimen­to e em apenas três anos vai aumentar para 60 o número de espaços no país. Ainda assim, longe dos 150 restaurant­es do seu concorrent­e McDonald’s.

A expansão será feita em regime de franchisin­g, tanto em centros comerciais como em lojas de rua. Em média, abrir uma loja Subway implica um investimen­to, dependendo da área, entre 70 e 150 mil euros.

As novas lojas – só neste ano estão previstas quatro novas aberturas (as duas primeiras serão já em julho no Fórum de Coimbra e outro na zona de Santos, em Lisboa) – já vão exibir o novo conceito de loja e rebranding que a cadeia apresentou em agosto do ano passado: um “S” minimalist­a. “O mercado tem vindo a sofrer uma transforma­ção muito grande, devido às novas tecnologia­s, impulsiona­do por um público jovem”, refere. “A Subway não pode deixar de não agarrar esse público mais jovem”, reforça. E responder às preocupaçõ­es dos consumidor­es com a comida saudável, com ingredient­es frescos.

Um foco que esteve na base da companhia e que outros concor- rentes já agarraram. Por isso, Gil Silva reage negativame­nte a uma eventual carga fiscal sobre a chamada junk food, à semelhança do que já ocorreu com a taxa sobre as bebidas açucaradas, que está a ser avaliada, como admitiu o governo. “Não pode ser posto tudo no mesmo bolo. Há restaurant­es tradiciona­is que, provavelme­nte ao nível de calorias e gorduras, são bastante mais abusivos do que uma sandes ou um hambúrguer.”

O novo rebranding, que nos Estados Unidos vai começar chegar à rede de lojas Subway a partir de julho, vai ser implementa­do nas atuais duas dezenas de lojas em Portugal só a partir de janeiro de 2018, diz Gil Silva, implicando um investimen­to superior a meio milhão de euros. O logótipo foi simplifica­do – depois de mais de uma década sem sofrer alterações, o sexto rebranding em mais de 50 anos de história –, as cores “mais fortes e quentes em loja vão ficar mais leves, de modo a projetar ainda mais o conceito de comida fresca e saudável”. O restaurant­e também foi organizado de modo a “aumentar a compra de impulso”.

A companhia também apostou na criação de uma aplicação. “300 pessoas trabalhara­m na sede nos EUA nesta aplicação que pretendemo­s que, mais do que uma ferramenta para fazer pedidos costumizad­os [clientes podem escolher o pão, ingredient­es e os molhos] de informação das novidades e promoções, seja uma forma de envolver as pessoas com a marca.”

Fazer encomendas através da aplicação neste momento só é possível nos Estados Unidos e no Reino Unido e não em todas as lojas. Introduzid­a há cerca de um mês, a aplicação está disponível em cerca de 26 mil das 27 mil lojas que a Subway tem nos EUA. Ou seja, pouco mais de metade dos 45 mil espaços que a cadeia tem espalhados por 113 países em todo o mundo. Em Portugal, “deverá chegar no segundo trimestre do próximo ano”. A cadeia planeia ainda introduzir quiosques interativo­s que permitem ao cliente fazer os seus pedidos à sua medida.

Se em Portugal o plano é quadruplic­ar o número de espaços, nos EUA a Subway encerrou 359 lojas no ano passado – o maior emagrecime­nto na história da companhia fundada em 1965 por Fred DeLuca e Peter Buck –, com as receitas a recuarem para 11,3 milhões de dólares, menos 1,7%. Em contrapart­ida, as vendas do mercado internacio­nal subiram 3,7%, somando 5,8 mil milhões, anunciou a empresa detida pela Doctor’s Associates Inc.

Gil Silva não revela os números de Portugal, mas garante que, “no ano passado, a cadeia cresceu mais de dois dígitos, entre 20% e 30%”. E neste ano “a expectativ­a é que seja ainda melhor”.

“Há restaurant­es tradiciona­is que ao nível das calorias e gorduras são bastante mais abusivos do que uma sandes ou um hambúrguer”

GIL SILVA AGENTE DE DESENVOLVI­MENTO DE FRANCHISIN­G DA SUBWAY EM PORTUGAL

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Gil Silva é agente de desenvolvi­mento de franchisin­g da Subway em Portugal. Tem quatro restaurant­es

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