Museus para cheirar, ouvir e sentir com o corpo todo
Hoje com o DN é distribuído o segundo guia dos museus, desta vez com informações sobre “Museus para os cinco sentidos”
GUIA Na sala das caldeiras da Central Elétrica (no MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia), o artista João Onofre criou uma instalação sonora: uma pequena orquestra constituída por robôs que batem nas maquinarias de acordo com a pauta composta por Miguel Bernat e com a energia recebida do Sol. A obra pode ser visitada (ouvida) até setembro.
Foi a pensar em experiências como esta que a historiadora Emília Ferreira criou o guia de “Museus para os cinco sentidos”: “São museus que têm, sobretudo, arte contemporânea, que apela a outros sentidos além da visão”, explica a autora dos guias de museus, cujo segundo volume é hoje distribuído gratuitamente com o DN.
A videoarte, por exemplo, apela à audição. Há obras de arte que apelam ao tato, ao contrário dos quadros antigos em que não é permitido mexer. Há outras que são feitas com materiais perecíveis, que têm cheiros. Há instalações que podem ser percorridas e habitadas pelo nosso corpo, o que “nos faz lidar com a arte de um ponto de vista diferente”.
Os museus que estão incluídos neste guia são o Berardo, o Calouste Gulbenkian, da Música, do Chiado, do Azulejo, do Teatro e da Dança e do Traje (todos em Lisboa), o Museu de Arte Contemporânea de Elvas e o de Serralves (Porto). Este é um volume em que, segundo Emília Ferreira, se fala acima da tudo da criatividade, “que não existe só na arte mas em tudo o que fazemos nas nossas vidas.”
Na próxima sexta-feira, o terceiro guia publicado com o DN será sobre os “Museus para saber mais”. O quarto e último volume será dedicado aos “Museus para aventureiros”. Guia de Museus para os Cinco Sentidos