Diário de Notícias

Bruno Alves lembra que o título de campeão da Europa nada garante

Subcapitão da seleção refere que Portugal tem de ter ambição e tem de mostrar capacidade para vencer a Taça das Confederaç­ões

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A pouco mais de quatro meses completar 36 anos, Bruno Alves é o jogador mais experiente da seleção nacional, algo que está bem patente nas 90 internacio­nalizações e no facto de ser subcapitão de equipa. E foi a partir desse estatuto que o defesa central, que recentemen­te assinou pelos escoceses do Rangers, mostrou serenidade na forma como ontem abordou a participaç­ão na Taça das Confederaç­ões.

“Temos de ver as coisas de forma realista e pensar jogo após jogo”, avisou, admitindo que, pelo facto de ser campeão da Europa, Portugal tem alguma dose de favoritism­o. “Todas as equipas que aqui estão são fortes, pois são os campeões dos respetivos continente­s. A Alemanha e o Chile, por exemplo, têm, tal como nós, a ambição de vencer”, resumiu, admitindo contudo que “a vitória no Euro 2016 traz mais confiança”, embora “isso de nada sirva se a seleção não mostrar capacidade para vencer”. Uma coisa é certa: “É preciso demonstrar o favoritism­o dentro do campo.”

A 7 de junho de 2014, uma semana antes de começar o Mundial do Brasil, Bruno Alves foi decisivo ao marcar já no tempo extra um golo que valeu o triunfo (1-0) num particular com o México, nos Estados Unidos. Um momento que recorda, até por ter sido “um jogo difícil” perante “uma equipa de ataque”, razão pela qual diz esperar “as mesmas dificuldad­es” no domingo (16.00) na Arena Kazan, naquela que será a estreia na Taça das Confederaç­ões. “É uma equipa ambiciosa, agressiva e que pressiona muito, mas acho que temos capacidade para vencer.”

E neste duelo há um jogador que domina as atenções: Ronaldo, pois claro. “O Cristiano é um ídolo até para nós jogadores, esperamos que possa trazer vitórias e golos para Portugal, mas nenhuma equipa ganha antes de jogar. Esperamos estar ao nível desta competição”, finalizou Bruno Alves, que não esquece os quatro anos em que represento­u o Zenit: “Voltar à Rússia é fantástico, pois guardo boas recordaçõe­s e amizades.” C.N.

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