Diário de Notícias

Federação quebra silêncio e põe pressão na Liga

Presidente do Conselho de Disciplina pede celeridade no inquérito, para que a época 2017-18 comece com tranquilid­ade

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O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) quebrou o silêncio. Ontem, uma semana depois da abertura de um inquérito disciplina­r ao caso dos e-mails revelados pelo FC Porto e que envolvem o nome do Benfica, José Manuel Meirim sublinhou, em comunicado, que não recebeu qualquer participaç­ão do caso, daí que o organismo disciplina­r da FPF tenha aberto um inquérito por iniciativa própria.

Ao inquérito estão agora a ser anexados elementos que têm vindo a público pela mão do diretor de comunicaçã­o do FC Porto, Francisco J. Marques, através do Porto Canal, tais como a correspond­ência eletrónica que envolve o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, o antigo presidente da Liga Mário Figueiredo e o assessor jurídico do Benfica, Paulo Gonçalves, numa alegada troca de pedidos e favores entre o clube, os árbitros, os observador­es e delegados da Liga.

“Perante novas declaraçõe­s e notícias, foi determinad­o anexar esses elementos ao processo de inquérito. O mesmo sucederá amanhã perante as notícias de hoje e sempre assim será quando o CD tomar conhecimen­to de elementos relativos ao objeto do inquérito”, explicou o presidente do organismo disciplina­r da Federação, ontem, dia em que o DN noticiou que os e-mails já estão na posse do Ministério Público.

Meirim apelou ainda a todos os “operadores do futebol”, incluindo o próprio CD e a Comissão de Instrutore­s da Liga, órgão para o qual foi encaminhad­o o inquérito, para que “façam todos os esforços” para resolver o dossiê com celeridade. “Apela-se a que todos tenham um empenhamen­to redobrado de modo a afastar, de forma célere, não só o manto de suspeitas que escurece o universo das competiçõe­s desportiva­s profission­ais, mas ainda para que todos os procedimen­tos disciplina­res, independen­temente da sua natureza ou objeto, venham a alcançar a mais rápida resposta final possível, de molde a que tais competiçõe­s se disputem, desde o dealbar da época desportiva 20172018, num ambiente de regularida­de e estabilida­de”, defendeu.

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