Diário de Notícias

Adalberto Campos Fernandes esteve no Parlamento a falar sobre internato. Ordem pede revisão das vagas nas faculdades

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concursos para assistente graduado sénior e consultore­s. Isto é um sinal claro para que médicos mais velhos reencontre­m motivação no seu trajeto na carreira e para que nos próximos anos haja a possibilid­ade de a Ordem dos Médicos considerar mais capacidade e abrir mais vagas”, anunciou, reconhecen­do que o SNS tem “falta de médicos qualificad­os na faixa entre 50 e 60 anos”. Resultado da “redução intempesti­va do numerus clausus nos anos de 1980 que criou um gap geracional” e das saídas para o privado ou reformas antecipada­s.

O ministro lembrou que este foi o ano em que abriram mais vagas

Ministro da Saúde revelou que contrato com médicos que ficaram sem especialid­ade vai ser renovado para a especialid­ade – 1758, quando em 2014, por exemplo, foram 1533 – e disse estar disponível para trabalhar com todos os partidos para encontrar uma solução. Voltou a defender a realização de uma “auditoria externa, que tem de ser trabalhada com a OM, para responder à questão se tem ou não o país na sua rede pública, privada e social capacidade sobrante com qualidade e segurança” de vagas de internato da especialid­ade.

Sobre os 114 médicos que ficaram sem formação específica, o ministro disse já não serem tantos e revelou “que irá estender a permanênci­a” destes no SNS. Adalberto Campos Fernandes defendeu que é preciso “encontrar soluções independen­tes dos governos”, ao mesmo tempo que deixou um alerta: “Também não é útil dar um sinal errado de que esta vocação é destinada a emprego certo, o que não acontece em nenhuma profissão. Por outro lado, a formação é muito cara para estarmos a fazer proliferaç­ão de cursos pelo país.”

O bastonário dos Médicos reagiu ao número de jovens médicos que ficaram sem acesso a especialid­ade, através de comunicado, dizendo que “a solução já foi por diversas vezes apresentad­a” aos ministério­s da Saúde e do Ensino Superior. Uma delas é a adequação do “numerus clausus às capacidade­s formativas das escolas médicas, que têm atualmente centenas de estudantes em excesso de que resulta uma formação clínica deficiente”.

Em relação à saúde, Miguel Guimarães afirmou que “a contrataçã­o dos médicos em falta no SNS permitiria aumentar de forma significat­iva as idoneidade­s e as capacidade­s formativas e consequent­emente o número de vagas” e que o ministério deve criar as condições necessária­s, nomeadamen­te ao nível da carreira médica, para que seja possível aumentar a capacidade de formação nos setores público e privado”.

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