CALENDÁRIO
DENÚNCIA DO PGR › Depois do relatório da Polícia Federal contra Temer, o próximo momento de tensão previsto é o da apresentação da denúncia contra o presidente, dia 26, pelo procurador-geral Rodrigo Janot. VOTAÇÃO DA DENÚNCIA DO PGR › A denúncia é depois apresentada ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que a porá à votação do plenário. Para a travar, Temer precisa de 172 votos dos 518 deputados. Um número alcançável mas não garantido. VOTAÇÕES DAS REFORMAS › Em paralelo, correm as votações na Câmara e no Senado de duas reformas emblemáticas do governo, a laboral e a das pensões, que vêm servindo para medir a fidelidade da base aliada de Temer. A derrota do governo na terça-feira em comissão parlamentar sobre a reforma laboral indica que o apoio está a estreitar. POSICIONAMENTO DO PSDB › O PSDB está indeciso sobre se sai ou não do governo. Por ora, a vontade de continuar dos “cabeças brancas” (ala mais velha do partido) tem se sobreposto à dos “cabeças pretas” (os mais novos), que preferem sair. Mas Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente e reserva moral do PSDB, hesita. E Miguel Reale, subscritor do
impeachment de Dilma, demitiu-se, em rutura com os “cabeças brancas”. DELAÇÕES › Um dos homens-bomba do regime, o corretor Lúcio Funaro, já acusou Temer de negociar subornos de 20 milhões de reais. Mas o Planalto teme também delação de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, e Rocha Loures, o ex-assessor filmado a carregar uma mala com dinheiro. ELEIÇÃO DE PROCURADOR-GERAL › Em setembro, o mandato do procurador Janot, considerado inimigo número um de Temer, termina. Por tradição, o presidente nomearia quem recolher mais votos em eleição interna. Mas como por lei não é obrigado, deve optar por Raquel Dodge, próxima do PMDB.