Portugal tem 30 mil voluntários e todos recebem formação
Escola Nacional forma elementos que vão aos quartéis dar aulas. Durante a carreira bombeiros fazem reciclagem de conhecimentos
PREPARAÇÃO A forma de combater um incêndio florestal é um dos temas dos módulos de formação que os cerca de trinta mil bombeiros voluntários recebem e que vão aprofundando ao longo dos anos. Essas aulas são dadas nos quartéis por elementos das corporações formados na Escola Nacional de Bombeiros – que tem como parceiros a Liga dos Bombeiros Portugueses e a Autoridade Nacional de Proteção Civil. A instituição tem sede em Sintra e dois polos: o Centro de Formação Especializado em Incêndios Florestais (Lousã) e o Centro de Formação de São João da Madeira. Existindo ainda unidades locais – são cerca de quarenta no país.
Quanto à formação, o comandante dos Voluntários de Castanheira de Pera disse ao DN que insiste muito “nos automatismos”. Para José Domingues esse é um dos pontos fulcrais: “Quando existem automatismos, existe sincronização motora. E isso é muito importante. Além de que defendo que cada homem independentemente da formação académica tem de ser um engenheiro. Tem de saber improvisar.”
Também Sérgio Lourenço, adjunto dos Bombeiros de Pedrógão Grande, salientou ao DN que a sua corporação recebe formação para combater fogos florestais. “Temos formação e coragem”, frisou.
Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses garante que a formação é dada com rigor e ao longo da carreira. “Os fogos florestais são 7% do trabalho dos bombeiros, mas é o mais visível. Eles têm formação e estão muito bem preparados. Quando ingressam nos bombeiros recebem formação e depois sempre que vão progredindo a mesma vai aumentando. Ao mesmo tempo vão tendo módulos evolutivos em todas as áreas do trabalho”, explicou ao DN.
“Formam-se turmas, como na escola, que depois têm a formação adequada nas diversas áreas em que trabalham”, sublinhou. “Estas coisas são tratadas com muito profissionalismo. Apesar de serem voluntários quem não tiver tempo para assistir às formações passa a uma situação de reserva, onde estão 15 mil bombeiros, que só voltam à situação de ativo quando fizerem a formação”, acrescentou.