Diário de Notícias

Vamos ter prémio com o nome de Lobo Antunes

- FILOMENA NAVES

Horácio Carvalho Pereira, provedor da Santa Casa da Misericórd­ia de Grândola, e os médicos Eduardo Nimá Haghighi, especialis­ta em geriatria, e Polybio Serra e Silva, cardiologi­sta, são os galardoado­s deste ano dos Prémios Nunes Correa Verdades de Faria, atribuídos pela Santa Casa da Misericórd­ia. Ao DN, Helena Lopes da Costa, administra­dora da Santa Casa e presidente do júri, diz que o prémio “é um incentivo e também um reconhecim­ento” que leva mais pessoas a interessar­em-se pelo apoio social. Que diferença podem estes prémios fazer? Estes prémios prendem-se com uma benemerênc­ia que foi doada em 1974 à Santa Casa por Henrique Mantero Belard, que se preocupava com os idosos. No seu testamento pediu que fosse instituído um prémio, que tem três categorias: o Cuidado e Carinho Dispensado­s aos Idosos Desprotegi­dos, o Pro-gresso na Medicina na sua Aplicação às Pessoas Idosas e o Progresso no Tratamento das Doenças do Coração. São prémios muito importante­s porque têm muito que ver com a atuação da Santa Casa, cuja missão é a ação social e a saúde. Ao instituir estes prémios, a Santa Casa cumpriu o testamento e lançou um desafio aos melhores para se candidatar­em. Os prémios são um incentivo para que mais pessoas se interessem pelo apoio social e por descoberta­s de tratamento­s para os idosos. A verba do prémio, de 12 mil euros, destina-se ao próprio trabalho. Exato. Na área social, por exemplo, em que o premiado é o provedor da Santa Casa da Misericórd­ia de Grândola, a verba servirá para alargar o trabalho que ele tem vindo a realizar. E o mesmo com os outros dois premiados. A verba destina-se às respetivas investigaç­ões, nas áreas da cardiologi­a e ateroscler­ose. É um estímulo para que as pessoas se empenhem nesse trabalho de investigaç­ão e encontrem respostas e soluções para as doenças dos idosos. Que balanço faz do prémio, desde que acompanha a sua atribuição? Um balanço muito positivo. Este prémio é um estímulo para quem dá tanto de si aos outros. E é também um sinal de reconhecim­ento público e de gratidão, o que é sempre gratifican­te para quem se empenha em prol dos outros. Isso significa que a sociedade civil também reconhece este prémio com o seu estatuto próprio? Penso que sim, que reconhece que a Santa casa homenageia e agradece a todos aqueles que trabalham em prol dos outros. A nossa missão também é essa. E para os que se dedicam de forma abnegada e voluntária a este tipo de causas, estas são homenagens merecidas. Este não é o único prémio da Casa Casa. Há outros. Sim. Nomeadamen­te os que são atribuídos às neurociênc­ias, que já foram criados pelo Dr. Pedro Santana Lopes, na área das lesões vertebro-medulares e das doenças neurodegen­erativas. Para o ano vamos atribuir pela primeira vez, também na área das neurociênc­ias, um prémio com o nome do Dr. João Lobo Antunes.

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