Diário de Notícias

SEAL Team lidera onda de séries militares na televisão

David Boreanaz protagoniz­a uma das mais aguardadas produções da nova temporada televisiva. A história de uma força de elite restrita que chega a Portugal em outubro

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David Boreanaz (à esquerda) é o protagonis­ta da série, focada nos operaciona­is da Tier One, força de elite americana

ANA RITA GUERRA, Los Angeles série centrada numa das primeiras pilotos de elite a ser colocada em posições de combate, e a NBC deu luz verde a The Brave, que também se centra em militares de elite em missões undercover.

A tendência é inegável e segue a linha patriótica que a Casa Branca tem sublinhado no que respeita ao Exército. Donald Trump pretende reforçar drasticame­nte o orçamento militar, destacou um general como chefe de gabinete e tem referido a intenção de “devolver” o moral às tropas que envergam a insígnia dos Estados Unidos da América.

Mas é verdade que SEAL Team não reflete dinâmicas da Casa Branca. David Boreanaz interpreta Jason Hayes, o líder da equipa Tier One que leva os seus homens e mulheres aos cenários mais perigosos da geopolític­a mundial. A dedicação ao dever arruinou a sua vida pessoal (o casamento acabou em divórcio) e há traumas escondidos que se revelam em tiques nervosos e desdém de sessões de terapia.

O que os produtores não queriam seguir era a receita fácil de uma missão diferente todas as semanas e uma série com mensagens políticas.

“O ADN, a origem da série vem das vidas das pessoas que fizeram isto, e o nosso foco é contar a história à nossa maneira”, referiu o showrunner Ed Redlich. Em vez dessa “missão semanal”, desenvolve­ram uma série em que as histórias das personagen­s são centrais.

David Boreanaz tem uma visão curiosa sobre isto: “Penso que é uma série sobre o local de trabalho. Estas personagen­s representa­m pessoas que fazem isto na vida. Enquanto nós vamos para a cama quentinha à noite, eles estão aí a lutar pela nossa liberdade e por nós”, analisou. Nem sempre concordam com as ordens que recebem, mas cumprem-nas. Foi o que mais surpreende­u Sarah Timberman quando falou com os ex-membros das equipas de elite. “As pessoas que são enviadas para as zonas de conflito são as mais cautelosas sobre a guerra”, disse. “Estamos interessad­os nas pessoas que arriscam as suas vidas e cumprem o seu dever quando nem concordam com o objetivo. Do ponto de vista narrativo, isto é muito rico.”

Algumas das histórias que mais marcaram a produtora executiva foram as de contenção. “Estas pessoas são treinadas para usar enorme potência de fogo, e o incrível é quando escolhem não o fazer.”

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